O desfecho de “The Handmaid’s Tale” chega ao Brasil com mensagem poderosa sobre resistência, opressão e revolução (04/06)

Aclamada por sua abordagem contundente sobre opressão, direitos das mulheres e resistência, a série The Handmaid’s Tale chega ao seu último capítulo. Após sete anos no ar, a sexta e derradeira temporada teve seu episódio final exibido nos Estados Unidos em 27 de maio. No Brasil, o encerramento estreia nesta quarta-feira, 4 de junho, exclusivamente na plataforma de streaming Paramount+.
Importâncias e relevâncias do desfecho
Temática atual e incômoda
- A série, baseada no romance homônimo de Margaret Atwood, tornou-se referência internacional ao retratar a distopia de Gilead, um regime totalitário que subjuga mulheres e restringe suas liberdades mais básicas. O elenco e os roteiristas ressaltaram que o conteúdo permanece assustadoramente atual, o que reforça a importância da produção em debates contemporâneos sobre direitos humanos, liberdade e justiça.
Mensagem central: A revolução como única saída
- Elisabeth Moss, que interpreta a protagonista June Osborne, foi enfática ao afirmar que "a revolução está aqui". Segundo a atriz, o final não se trata apenas de batalhas pontuais, mas de uma guerra ideológica contra o sistema opressor. Para ela, enquanto Gilead existir, June — e por extensão, as mulheres e o povo — não encontrarão paz.
Depoimentos do elenco: emoção, aprendizado e transformação
- Josh Charles, que ingressou na série apenas nesta temporada final, definiu o episódio como “surpreendente, emocionante, divertido e chocante”.
Seu envolvimento só aconteceu por confiança em Elisabeth Moss, a quem chamou de acolhedora e inspiradora.
- Max Minghella, intérprete de Nick Blaine, o par romântico de June, descreveu o final como “imprevisível, épico e íntimo”.
Apesar de seu personagem ter uma forte ligação com June, o ator revelou que torce para que ela termine com Luke (interpretado por O. T. Fagbenle), apontando para o dilema emocional da personagem principal.
Perspectiva do roteiro: Resistência coletiva
- O roteirista Eric Tuchman destacou que o último episódio vai além do arco individual de June. A história será centrada na coragem, na resiliência e na determinação das pessoas oprimidas por Gilead. Para ele, este é o verdadeiro “momento da revolução”.
Reflexão profunda sobre o presente
- Mesmo com seu teor ficcional, a série sempre foi interpretada como um espelho sombrio da realidade. O próprio elenco lamentou o fato de The Handmaid’s Tale continuar tão pertinente em tempos atuais, em que discursos autoritários e políticas de repressão ainda ameaçam liberdades fundamentais em diversas partes do mundo.
Onde assistir: O episódio final chega ao Brasil nesta quarta-feira, 4 de junho, pelo serviço de streaming Paramount+.
Um encerramento necessário e poderoso
The Handmaid’s Tale encerra sua trajetória com um episódio final que, segundo o elenco e os criadores, será intenso, chocante e profundamente significativo. Muito mais do que um desfecho narrativo, o fim da série é um convite à reflexão sobre o mundo real. Ele lembra que, mesmo diante da brutalidade, ainda é possível resistir e lutar por justiça e liberdade. A revolução que move June e tantos personagens não é apenas ficcional — é também um grito simbólico para quem assiste. A série, ao encerrar-se, reafirma que a opressão só termina quando o sistema que a sustenta é verdadeiramente derrubado.