Eliminação de Yahya Sinwar: Como Israel encontrou e matou o líder do Hamas em Gaza

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, esteve em fuga por mais de um ano, escondido principalmente nos túneis sob a Faixa de Gaza, após orquestrar os ataques de 7 de outubro de 2023. As Forças de Defesa de Israel (FDI) limitaram sua localização aproximada à cidade de Rafah, no sul de Gaza, e patrulhavam a região em busca de Sinwar. Durante uma operação de rotina em 16 de outubro de 2024, uma patrulha israelense encontrou três combatentes e, após um confronto, perceberam que um dos mortos tinha características semelhantes ao líder do Hamas.

Importância da operação

• Patrulha de rotina: Tropas da 828ª Brigada Bislamach estavam patrulhando a área de Tal al-Sultan, em Rafah, onde o confronto ocorreu. O encontro com Sinwar foi acidental, sem a intenção direta de localizá-lo naquele momento específico.
• Uso de tecnologia: O drone desempenhou um papel crucial ao identificar Sinwar se escondendo em um prédio em ruínas, permitindo que as forças israelenses o confrontassem e eliminassem.
• Escudo humano: Não havia reféns presentes com Sinwar, apesar das suposições de que ele utilizava escudos humanos para proteção.

Relevância militar

• Significado estratégico: A morte de Sinwar era um dos principais objetivos de Israel desde os ataques do Hamas em outubro de 2023. Sua eliminação representa um golpe simbólico ao grupo, mas não encerra a guerra em Gaza.
• Declaração de Yoav Gallant: O ministro da Defesa de Israel afirmou que Sinwar morreu "fugindo e se escondendo", contrastando com a imagem de um comandante que lidera de forma corajosa, o que foi visto como uma mensagem clara para os inimigos de Israel.

Contexto e implicações

• Pressão contínua: Desde os ataques de outubro, líderes importantes do Hamas, como Mohammad Dief e Ismail Haniyeh, também foram alvos de operações israelenses. A morte de Sinwar foi vista como parte dessa estratégia mais ampla para enfraquecer a liderança do grupo.
• Impacto na guerra: Apesar da eliminação de Sinwar, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a guerra em Gaza não havia terminado, enfatizando a necessidade de continuar as operações para libertar os 101 reféns mantidos pelo Hamas.

A morte de Yahya Sinwar marca um ponto importante na ofensiva de Israel contra o Hamas. Embora tenha sido um dos principais alvos desde os ataques de 2023, a guerra em Gaza continua com o objetivo de libertar reféns e eliminar outras lideranças do grupo. O incidente também destaca a capacidade das forças israelenses de rastrear e eliminar figuras chave mesmo em situações de pressão e complexidade.