Como estabelecer limites saudáveis no trabalho?

Crescer na carreira e alcançar cargos de liderança é uma aspiração comum, mas será que estamos dispostos a pagar o preço por isso? O mercado de trabalho parece estar começando a entender que ocupar altos cargos não deve significar sacrificar a saúde e o bem-estar. O burnout, reconhecido como uma doença relacionada ao trabalho desde 2022, é um alerta sobre os custos ocultos dessa busca implacável pelo sucesso profissional.

1. Reconhecimento do Burnout:
O burnout, conhecido como a síndrome do esgotamento profissional, é uma realidade que afeta muitos trabalhadores. Caracterizado por sintomas de exaustão física e mental, esse estado pode levar à quebra total, semelhante a uma tela azul do Windows na mente.

2. Experiência nas Posições de Liderança:
Pesquisas mostram que os líderes mais experientes, nascidos entre as décadas de 60 e 80, estão mais suscetíveis ao burnout. Setores como recursos humanos, vendas e educação têm maior probabilidade de enfrentar esse problema. No entanto, a crença de que trabalhar mais horas é um exemplo eficaz persiste, embora não haja evidências de que isso leve a melhores resultados.

3. Eficiência x Carga de Trabalho:
Estudos apontam que não existe uma relação direta entre trabalhar mais horas e alcançar melhores resultados. Funcionários exaustos são menos produtivos, evidenciando a importância do descanso e da saúde mental.

4. A Importância do Descanso:
Números revelam que empresas que incentivam momentos de descanso sem culpa para os funcionários experimentam um aumento de desempenho de até 26%. Isso contrasta com a prática de muitas empresas de entrar em contato com funcionários durante suas férias, a menos que seja uma situação de crise.

5. Respeito ao Tempo de Descanso:
Estar de folga ou de férias deve significar uma verdadeira desconexão do trabalho, sem a pressão de estar sempre disponível. A responsabilidade de resolver problemas corporativos deve recair sobre a empresa como um todo, não apenas em um indivíduo.

As pesquisas e evidências sugerem que trabalhar de forma mais eficaz não implica necessariamente trabalhar mais horas. Descansar é essencial não apenas para a saúde dos funcionários, mas também para o sucesso a longo prazo das empresas. O equilíbrio entre carreira e bem-estar deve ser priorizado, não apenas por motivos humanitários, mas também como uma estratégia de negócios inteligente. Afinal, nenhum salário pode justificar a entrega completa da vida ao trabalho.