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quarta-feira, 6 de agosto de 2025 às 10:05 GMT+0

Como lidar com a morte dos pais: Lições de luto, culpa e superação em tempos de perda - A despedida inevitável

A morte dos pais é uma experiência universal, mas raramente discutida abertamente. Apesar de ser inevitável, poucos estão preparados para lidar com as complexidades emocionais, práticas e psicológicas que acompanham esse momento. A jornalista Katty Kay e a escritora Molly Jong-Fast exploram esse tema em uma entrevista profunda, baseada no livro How to Lose Your Mother, onde Molly compartilha sua jornada pessoal ao enfrentar o declínio cognitivo da mãe, o câncer do marido e o envelhecimento dos pais durante a pandemia.

A ausência de preparo para a perda

  • Falta de diálogo social: A morte dos pais é um tabu, muitas vezes evitado por medo ou desconforto. Como destaca Molly, o envelhecimento é associado a vergonha e negação, o que deixa as pessoas despreparadas para lidar com a realidade.

  • Experiência universal, mas solitária: Katty Kay relata que, apesar de ser um evento comum, não há "manual" para guiar as emoções, decisões médicas ou cuidados paliativos.

As lições de Molly Jong-Fast

  • Compartilhar o sofrimento: Molly enfatiza a importância de falar abertamente sobre experiências difíceis. Ela compara isso à sua sobriedade (está limpa desde os 19 anos), destacando como a vulnerabilidade pode ajudar outros.

  • Autocompaixão:

"O mundo já nos faz sentir mal; não precisamos fazer isso conosco mesmos", diz ela. Aceitar que nem tudo sai como planejado é crucial.

  • Humor como alívio: Mesmo em situações sombrias, como velórios consecutivos, Molly encontrou momentos de leveza, mostrando que o humor pode ser uma ferramenta de resiliência.

Relações familiares complexas

  • Culpa e expectativas: Molly revela que sua relação com a mãe, a autora feminista Erica Jong, era marcada por narcisismo e distância. Isso gerou culpa quando precisou interná-la em uma casa de repouso.

  • Normalização do conflito: Ela argumenta que relações difíceis com os pais são mais comuns do que se admite, e que a culpa não deve definir o luto.

Reflexões existenciais

  • Questionamentos profundos: A proximidade da morte levou Molly a ponderar sobre o sentido da vida, legados e prioridades.

  • Foco no presente: Em crises, como guerras ou doenças, a vida se torna "binária" — reduzida a escolhas essenciais, o que pode trazer clareza.

Aprendizados universais

Perder os pais é uma jornada que mistura dor, crescimento e autodescoberta. Molly Jong-Fast destaca a importância de:

1. Falar sobre o inevitável, rompendo tabus sobre envelhecimento e morte.
2. Praticar a autocompaixão, evitando a autocobrança perfeccionista.
3. Aceitar as imperfeições das relações familiares, entendendo que o luto é único para cada pessoa.
4. Encontrar significado mesmo na adversidade, seja através do humor, da arte ou da conexão humana.

Como conclui Katty Kay, o livro de Molly é um convite para encarar a mortalidade com honestidade e coragem, oferecendo um farol para quem enfrenta caminhos semelhantes. A mensagem final é clara:

Embora não possamos controlar a morte, podemos escolher como lidar com sua sombra e, nesse processo, redescobrir o que realmente importa.

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