Ataque hacker ao Pix: Como criminosos desviaram milhões e o que isso revela sobre a segurança digital no Brasil

Um grave ataque cibernético atingiu o sistema financeiro brasileiro nesta semana, comprometendo serviços do PIX e causando prejuízos milionários. O incidente envolveu uma empresa de tecnologia que fornece infraestrutura para instituições financeiras, levantando preocupações sobre segurança digital e proteção de dados. A seguir, detalhamos o que se sabe até agora, as fontes confiáveis que reportaram o caso e suas implicações.
O que aconteceu?
Na quarta-feira (2/7), a empresa C&M Software, provedora de serviços tecnológicos para bancos sem infraestrutura própria de pix, informou ao Banco Central que sofreu um ataque hacker. Como medida de segurança, o BC ordenou o bloqueio temporário do acesso dessas instituições ao sistema, afetando temporariamente o serviço para clientes.
Valores desviados: Divergências nas fontes
- O Globo reportou que criminosos desviaram cerca de
R$ 800 milhões
de oito instituições. - Valor Econômico citou fontes mencionando um prejuízo próximo a
R$ 400 milhões
. - O Banco Central não confirmou os valores, mas investigações da Polícia Federal e da Polícia Civil de São Paulo estão em andamento.
Impacto nas instituições e clientes
- O banco BMP (uma das vítimas) afirmou à Reuters que o ataque ocorreu na segunda-feira (30/6) e afetou contas usadas para liquidação interbancária, mas não houve prejuízo direto a correntistas.
- O Banco Paulista também relatou interrupção no pix, mas garantiu que nenhum dado sensível vazou e que as operações serão normalizadas.
- A C&M Software assegurou que sistemas críticos não foram comprometidos e que protocolos de segurança foram acionados.
Como o ataque foi realizado?
Segundo Kamal Zogheib, diretor comercial da C&M, os criminosos usaram dados de clientes fraudulentamente para acessar os sistemas. A empresa nega falhas em sua estrutura e colabora com as investigações.
Relevância e lições aprendidas
- Exposição de vulnerabilidades: O caso revela riscos em terceirizar serviços financeiros críticos, mesmo com protocolos de segurança.
- Transparência limitada: A falta de confirmação oficial sobre valores e detalhes gera desconfiança no sistema.
- Resposta rápida: O bloqueio preventivo pelo BC evitou danos maiores, mas mostrou a dependência de infraestruturas centralizadas.
O ataque reforça a necessidade de investimentos em cibersegurança e maior fiscalização sobre empresas que operam sistemas financeiros. Enquanto as investigações continuam, instituições e clientes devem ficar atentos a comunicações oficiais. Apesar da gravidade, o fato de correntistas não terem sido diretamente afetados é um alívio, mas serve de alerta para que novos golpes não explorem brechas semelhantes.