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domingo, 13 de julho de 2025 às 12:36 GMT+0

Poluição sonora nos oceanos: Como o barulho humano ameaça baleias, golfinhos e a vida marinha - Sons da destruição

Os oceanos possuem uma paisagem sonora natural composta por tempestades, ondas, ventos e os cantos de animais marinhos, como baleias e golfinhos. No entanto, o aumento do ruído gerado pela atividade humana como navios, sonares, exploração de petróleo e mineração, está alterando esse ambiente, colocando em risco espécies que dependem do som para sobreviver.

A importância do som para a vida marinha

  • Comunicação e navegação: Cetáceos (baleias, golfinhos e botos) usam sons complexos para se comunicar, encontrar alimentos e evitar predadores.
  • Reprodução e socialização: Muitas espécies dependem de vocalizações para acasalar e manter estruturas sociais.
  • Sobrevivência: Peixes e invertebrados também usam o som para orientação e proteção.

Fontes de poluição sonora submarina

  • Navios: Responsáveis por grande parte do ruído oceânico, com embarcações emitindo até 190 decibéis (equivalente a um show de rock).
  • Sonares militares: Associados a encalhes em massa de baleias, como os sonares de média frequência da Marinha dos EUA.
  • Exploração de petróleo e gás: Canhões de ar comprimido usados em pesquisas sísmicas emitem sons de até 260 dB, capazes de viajar milhares de quilômetros.
  • Mineração e construção offshore: Atividades industriais geram ruídos crônicos que perturbam ecossistemas.

Impactos devastadores na fauna marinha

  • Golfinhos "gritando": Estudo da Universidade de Bristol (2023) mostrou que golfinhos aumentam o volume e a duração de seus assobios para compensar o ruído humano, afetando sua cooperação.
  • Baleias interrompendo alimentação: Pesquisas na Noruega revelaram que baleias paravam de se alimentar por dias ao detectar sonares, optando por fugir em vez de comer.
  • Encalhes e mortes: Ruídos intensos desorientam animais, levando a encalhes em praias, como ocorreu com narvais no Canadá e Groenlândia (2008-2009).
  • Estresse e redução reprodutiva: Exposição prolongada ao barulho eleva os níveis de cortisol, prejudicando a imunidade e a reprodução.

Dados alarmantes e tendências

  • Estudos da Universidade de San Diego mostraram um aumento de 10-12 dB no ruído oceânico entre 1964 e 2004, com crescimento contínuo devido à expansão da frota global de navios.
  • Segundo o International Fund for Animal Welfare (IFAW), 250 mil embarcações estão em operação simultânea nos oceanos.

Falta de regulamentação global

  • Apesar de normas regionais, não há um acordo internacional efetivo para limitar a poluição sonora. Medidas como reduzir a velocidade dos navios em 10% (o que cortaria o ruído em 40%, segundo a WWF) são sugeridas, mas pouco implementadas.

O oceano é um mundo de sons, e a interferência humana está criando uma crise silenciosa para suas espécies. Golfinhos que precisam gritar, baleias que deixam de comer e animais que encalham são sinais de um ecossistema sob pressão. Soluções existem — desde tecnologias mais silenciosas até regulamentações rigorosas —, mas exigem cooperação global. Proteger o oceano do ruído não é apenas salvar baleias e golfinhos; é preservar o equilíbrio de um ambiente vital para o planeta.

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