Brasil consolida 6ª posição no mundial de natação paralímpica (Singapura 2025) e garante vaga entre as elites mundiais

No penúltimo dia de competições do Mundial de Natação Paralímpica, realizado em Singapura, a delegação brasileira protagonizou uma performance histórica e de extrema eficiência. Com um aproveitamento impressionante, a equipe demonstrou força coletiva e excelência técnica, garantindo ao país uma posição de destaque no quadro geral de medalhas.
Um dia de ouro e prata: Os destaques individuais e coletivos
A sexta-feira, 26 de setembro de 2025, foi marcada por conquistas memoráveis para o Brasil. A delegação subiu ao pódio por cinco vezes, distribuídas entre provas individuais e de revezamento.
- Tricampeonato de Gabriel Araújo: O atleta Gabriel Araújo, conhecido como "Gabrielzinho", confirmou sua hegemonia na prova dos 50 metros costas da classe S2 (para atletas com maior comprometimento físico-motor). Ao vencer a disputa, ele conquistou seu terceiro título mundial consecutivo, solidificando seu nome como um dos grandes nomes da natação paralímpica brasileira.
- Ouro de Mariana Gesteira: Mariana Gesteira foi a outra campeã individual do dia, dominando os 100 metros costas na classe S9. Sua vitória acrescentou um ouro crucial para a contagem brasileira.
- Prata de José Ronaldo: Na classe S1, José Ronaldo demonstrou a força brasileira também nas categorias de maior comprometimento, garantindo uma valiosa medalha de prata nos 50 metros costas.
- Sucesso nos revezamentos: O trabalho em equipe também foi premiado. O Brasil conquistou a medalha de prata em duas provas de revezamento:
- Revezamento 4x100m Medley S14: A equipe, composta por atletas com deficiência intelectual, não só ganhou a prata como também estabeleceu um novo Recorde das Américas, com o tempo de 4min05s98.
- Revezamento 4x100m Livre 49 Pontos: Nesta prova, que soma as classes de deficiência dos nadadores (sendo 49 pontos o máximo permitido), o time brasileiro ficou a poucos segundos do ouro, terminando com um tempo de 3min56s28, atrás apenas da Espanha.
A Força Do Coletivo: A Nota Mais Impressionante Da Participação
Além das medalhas, um número sintetiza a profundidade e o sucesso da equipe: 11 dos 12 atletas brasileiros que competiram naquele dia subiram ao pódio. Esse índice de aproveitamento de aproximadamente 92% é um testemunho eloquente da consistência e alto nível de todo o grupo, indo além dos destaques individuais.
A posição do Brasil no quadro de medalhas e a liderança mundial
A paisagem do paradesporto mundial é dominada por potências consolidadas. Após o penúltimo dia de competições, o quadro de medalhas apresentava a seguinte configuração, conforme fontes como o Comitê Paralímpico Internacional e o Comitê Paralímpico Brasileiro:
- Liderança: A China mantinha a primeira posição, reafirmando sua força absoluta.
- Perseguição: Itália e Ucrânia ocupavam as posições seguintes, em uma disputa acirrada.
- Posição brasileira: Com o total de 36 medalhas (12 ouros, 15 pratas e 9 bronzes), o Brasil consolidou sua sexta colocação no quadro geral, situando-se entre as maiores forças da natação paralímpica mundial.
Importância e relevância da conquista
- Preparação para os jogos paralímpicos: Este Mundial serve como o principal termômetro para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. Os resultados positivos indicam que o Brasil está no caminho certo para repetir ou superar seus sucessos passados.
- Revelação de novos talentos e consolidação de ídolos: A campanha mostra a saudável renovação do time, com novos atletas chegando ao pódio, ao mesmo tempo que vê seus principais nomes, como Gabriel Araújo, se firmarem como lendas do esporte.
- Fortalecimento institucional: O sucesso da equipe está diretamente ligado ao apoio institucional. Recentemente, o Comitê Paralímpico Brasileiro anunciou o maior patrocínio da sua história, um investimento crucial que viabiliza a estrutura de treinamento e suporte aos atletas.
- Visibilidade e inspiração social: Cada medalha e cada recorde quebrado aumentam a visibilidade do paradesporto, inspirando novas gerações de atletas com deficiência e promovendo uma mudança social em relação à inclusão.
Um legado de superação e excelência que continua a ser escrito
A participação brasileira no Mundial de Natação Paralímpica de Singapura vai muito além das medalhas. Ela representa a maturidade de um projeto esportivo sério, a superação individual de cada atleta e a união de uma equipe coesa. O penúltimo dia de provas, com sua eficiência quase perfeita, foi a expressão máxima desse momento positivo. Com as disputas terminando no sábado, 27 de setembro, o Brasil já garantiu sua posição entre as elites mundiais, enviando uma mensagem poderosa de que chegará forte e preparado para os próximos grandes desafios, especialmente os Jogos Paralímpicos de 2028.