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terça-feira, 16 de janeiro de 2024 às 10:41 GMT+0

Impacto do aumento do ICMS em 10 estados e no DF sobre a inflação e setores econômicos

Aumentos nas alíquotas do ICMS em 10 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2024 terão impactos significativos na economia, especialmente no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação no país. A projeção do economista da LCA Consultores, Fábio Romão, sugere um aumento de 0,10 ponto percentual no IPCA, elevando-o para aproximadamente 4,20%. Essas mudanças contribuem para um cenário em que a inflação se aproxima do limite superior da meta estabelecida para 2024, que é de 4,5%.

Elevação do ICMS em Estados e DF (2024)

EstadoAlíquota AtualNova AlíquotaVigência
Bahia19%20,5%Fev/24
Ceará18%20%Jan/24
Distrito Federal18%20%Jan/24
Goiás17%19%Abr/24
Maranhão20%22%Fev/24
Paraíba18%20%Jan/24
Paraná19%19,5%Mar/24
Pernambuco18%20,5%Jan/24
Rio de Janeiro20%22%Mar/24
Rondônia17,5%19,5%Jan/24
Tocantins18%20%Jan/24

O estado de Pernambuco registra a maior elevação, passando de 18% para 20,5%. Além disso, DF, Ceará, Paraíba, Tocantins e Rondônia também aumentaram suas alíquotas. Outros estados, como Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Maranhão e Bahia, planejam fazê-lo no primeiro semestre.

Justificativas e Impactos

Os estados alegam perdas arrecadatórias e citam dispositivos da reforma tributária como base para a elevação do ICMS. Parte deles refere-se a um mecanismo que vinculava a arrecadação do ICMS entre 2024 e 2028 à distribuição do IBS (imposto estadual criado pela reforma) entre 2029 e 2077. A exclusão desse dispositivo, proposta pelo relator da reforma na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, levou alguns estados a desistirem do aumento, enquanto outros mantiveram a decisão.

Setores Afetados e Críticas

A elevação do ICMS gera críticas, especialmente quanto às Leis Complementares 192 e 194 de 2022, que limitam a aplicação da alíquota sobre bens e serviços específicos. A Associação Brasileira Redes Farmácias (Abrafarma) alerta para o aumento da carga tributária sobre medicamentos, atingindo 36%, em comparação com a média global de 6%. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) destaca que o movimento prejudica empresas, afugenta investimentos e impacta negativamente o emprego.

O aumento do ICMS em 10 estados e no DF terá repercussões significativas na economia brasileira, com impactos diretos no IPCA e em setores específicos, como o de medicamentos. As divergências entre estados evidenciam os desafios da reforma tributária e a busca por equilíbrio entre a arrecadação e o impacto nos cidadãos e nas empresas. O contexto exige atenção dos governos e uma avaliação cuidadosa dos efeitos a longo prazo para garantir a estabilidade econômica e social.

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