Tarifaço de Trump começa valer (06/07): Como fica o comércio entre Brasil e EUA?

Nesta quarta-feira, 6 de agosto de 2025, entrou em vigor uma medida polêmica do governo dos Estados Unidos: uma tarifa de importação de 50% sobre diversos produtos brasileiros. A decisão, anunciada pelo presidente Donald Trump, eleva em 40 pontos percentuais uma alíquota já existente de 10%, impactando significativamente as exportações do Brasil para os EUA. Este resumo explora os motivos, os setores afetados, as exceções e as reações do governo brasileiro, com base em declarações oficiais.
O que é o "tarifaço" e por que foi implementado?
A nova tarifa foi justificada por Trump como uma resposta a uma "emergência nacional", alegando que políticas do governo brasileiro prejudicam empresas norte-americanas, a liberdade de expressão e a economia dos EUA. Ele também citou como motivo supostas ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, classificadas como "perseguição política". A medida reflete a estratégia de Trump de aumentar barreiras comerciais para proteger interesses domésticos, uma prática recorrente em sua administração.
Quais produtos foram atingidos e quais escaparam?
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Produtos taxados em 50%: Café, carne bovina, produtos madeireiros e aquicultura estão entre os mais afetados, gerando preocupação nos setores dependentes do mercado americano.
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Exceções: Cerca de 44,6% das exportações brasileiras para os EUA foram poupadas, incluindo petróleo, suco de laranja, aviões, peças aeronáuticas e celulose, que mantêm a alíquota original de 10%.
Impacto econômico e reações do Brasil:
- Redução no impacto estimado: A exclusão de parte dos produtos amenizou os efeitos no PIB brasileiro, mas setores como o agronegócio ainda enfrentam desafios.
- Plano de contingência: O governo federal prepara medidas como linhas de crédito e reformulação de programas de exportação, mas os detalhes ainda não foram divulgados. A ministra Simone Tebet afirmou que não há impacto fiscal imediato significativo, mas admitiu possíveis reflexos futuros.
Repercussão internacional e críticas:
- Defesa de setores americanos: Entidades dos EUA pressionaram por isenções, especialmente para alimentos importados do Brasil, evitando maiores danos a cadeias produtivas norte-americanas.
- Preocupação com o comércio global: A medida acendeu alertas sobre o risco de escalada protecionista, afetando relações bilaterais e a estabilidade econômica.
O "tarifaço" de Trump marca um novo capítulo nas tensões comerciais entre Brasil e EUA, com efeitos diretos em setores estratégicos da economia brasileira. Embora parte das exportações tenha sido poupada, a medida exige respostas ágeis do governo brasileiro para mitigar prejuízos e buscar alternativas de mercado. A situação também evidencia os desafios da diplomacia econômica em um cenário de políticas protecionistas, onde decisões unilaterais podem ter repercussões globais. Acompanhar os desdobramentos será essencial para entender o real impacto a médio e longo prazos.