Tarifas dos EUA ao Brasil fazem preço da carne bovina subir para os norte americanos – Seca e crise no México agravam cenário

Os Estados Unidos enfrentam uma crise sem precedentes no mercado de carne bovina, com preços atingindo patamares históricos. Uma combinação de fatores climáticos, políticos e comerciais criou uma "tempestade perfeita", pressionando a produção e o bolso do consumidor. Este resumo detalha as causas, os impactos e as perspectivas desse cenário, com base em fontes confiáveis, como dados do USDA (Departamento De Agricultura Dos Estados Unidos) e análises econômicas.
Os preços batem recordes: O impacto no consumidor
Em agosto de 2025, a carne bovina nos EUA alcançou valores nunca antes vistos:
- Cortes para churrasco: Média de
US$ 11,87
5 por libra (cerca de R$ 150/kg), com alta de 3,3% em um mês e 9% em seis meses. - Carne moída:
US$ 6,338
por libra (aproximadamente R$ 75/kg), aumento de 3,9% em julho e 15,3% no semestre. - Esses números refletem a pressão sobre a cadeia produtiva, afetando diretamente o custo de vida da população.
O preço da carne é um termômetro econômico e cultural nos EUA, onde o consumo per capita é um dos maiores do mundo. Altas significativas impactam desde famílias até redes de fast-food.
As causas da crise: Uma tríade de problemas
1. Seca e redução da produção doméstica
- O USDA revisou para baixo a estimativa de produção em 2025: 25,9 bilhões de libras (4% menor que o previsto no início do ano).
- A seca reduziu o rebanho e a produtividade por animal, com gados atingindo pesos menores.
- Dado chave: A oferta interna será a menor em uma década.
2. Tarifas sobre a carne brasileira
- Em julho de 2025, os EUA impuseram tarifas de 50% sobre a carne do Brasil, maior exportador global.
- O USDA projetou queda de 7,5% nas importações em 2026, com redução de 180 mil toneladas.
- Impacto: Menos carne importada significa maior dependência da produção nacional, já fragilizada.
3. Restrições ao México por doenças animais
- O veto à importação de gado vivo do México, em vigor desde maio, foi mantido devido à "bicheira do Novo Mundo" (NWS), praga que pode matar animais e até afetar humanos.
- O plano dos EUA para combater a NWS inclui projetos de longo prazo, como fábricas de moscas estéreis, sem solução imediata.
- Esses fatores combinados limitam a oferta em um momento de demanda estável, elevando preços.
Consequências e perspectivas
- Inflação: A alta da carne pressiona índices de preços, afetando a economia como um todo.
- Setor agropecuário: Pecuaristas dos EUA enfrentam custos crescentes e desafios climáticos, com incertezas sobre recuperação.
- Consumidor: Alternativas como frango ou proteínas vegetais podem ganhar espaço, mas a carne bovina segue como item essencial na dieta americana.
- Dado adicional: Programas governamentais, como o de armamentos avançados para o Brasil, mostram que as relações comerciais entre os países estão em xeque, com reflexos em outros setores.
Um cenário complexo e sem solução rápida
A crise da carne bovina nos EUA é resultado de fatores interligados: mudanças climáticas, políticas comerciais e sanitárias. Enquanto a seca persiste e as tarifas ao Brasil e restrições ao México seguem em vigor, o consumidor continuará pagando mais. A médio prazo, soluções como investimentos em tecnologia agropecuária ou revisão de tarifas podem aliviar o mercado, mas, por ora, os EUA enfrentam um dos momentos mais desafiadores de sua pecuária.