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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025 às 12:29 GMT+0
Top 25 séries de 2025: A lista dos críticos da BBC cultura e onde assistir - Confira
Este guia apresenta as produções televisivas mais impactantes de 2025, selecionadas pelos críticos Caryn James (CJ) e Hugh Montgomery (HM), da BBC Culture. A lista destaca desde o retorno de franquias icônicas até dramas originais que definiram as conversas do ano.
1. Verdade Oculta (Disney+)
- Uma imersão no cenário poeirento de Tulsa, Oklahoma. Criada por Sterlin Harjo e estrelada por Ethan Hawke, a série apresenta Lee Raybon, um jornalista investigativo que vive em um quarto bagunçado sobre sua livraria.
- Mistura o estilo noir clássico com uma narrativa contemporânea sobre corrupção e questões indígenas.
- A atuação vibrante de Hawke e a originalidade de Harjo criam um suspense viciante. (CJ)
2. Alien: Earth (Disney+)
- Noah Hawley prova que a franquia de terror espacial pode prosperar na TV. A trama se divide entre a queda de uma nave com criaturas aterrorizantes e o desenvolvimento de humanos "sintéticos".
- O equilíbrio entre sustos viscerais e complexidade intelectual. O quinto episódio é citado como um dos melhores do ano.
- É possivelmente a produção de terror mais bem executada da história da televisão. (HM)
3. O Lendário Martin Scorsese (Apple TV / Prime Video)
- Documentário profundo de Rebecca Miller que oferece ao mestre do cinema total liberdade para refletir sobre sua carreira, religião e falhas pessoais.
- Acesso a arquivos inéditos da infância de Scorsese em Little Italy e entrevistas com colaboradores como Robert De Niro.
- Um retrato íntimo e técnico que foge do óbvio, revelando a mente por trás de grandes clássicos. (CJ)
4. Long Story Short (Netflix)
- Do criador de BoJack Horseman, esta animação narra a história de uma família judia dos anos 1950 até hoje.
- Uma estrutura que salta décadas para focar em momentos cruciais, criando um mosaico emocional profundo.
- Combina humor inteligente com detalhes excêntricos, como "sorvete de batata" e colchões enlatados. (HM)
5. Pluribus (Apple TV / Prime Video)
- Vince Gilligan abandona o submundo das drogas por uma ficção científica orwelliana ambientada no Novo México. Rhea Seehorn vive uma romancista em um mundo onde um vírus obriga a todos serem felizes e obedientes.
- Uma crítica social afiada sobre a perda da individualidade e liberdade de pensamento.
- Suspense de alta qualidade com viradas inesperadas e uma mensagem urgente sobre autoritarismo. (CJ)
6. A Cadeira (Max / Prime Video)
- Tim Robinson leva seu humor desconfortável para o território da conspiração corporativa. Um gerente neurótico vê sua vida desmoronar após uma cadeira quebrar durante uma apresentação.
- O equilíbrio perfeito entre o absurdo da "comédia cringe" e um suspense genuinamente tenso.
- É uma experiência visual única e perturbadora que desafia os gêneros tradicionais. (HM)
7. Blue Lights (Indisponível no streaming no Brasil)
- O drama policial de Belfast alcançou seu ápice na terceira temporada, vencendo o Bafta de Melhor Série Dramática.
- O realismo cru ao mostrar que, nem sempre, a justiça prevalece em cenários de conflitos históricos.
- Pela humanidade da protagonista Grace e pela atuação magistral das novas "vilãs" da temporada. (CJ)
8. A Namorada Ideal (Prime Video)
- Um suspense doméstico estrelado por Robin Wright e Olivia Cooke. O que parece um clichê sobre famílias ricas se transforma em um duelo de atuações ferozes.
- A química eletrizante e cruel entre as protagonistas em meio a cenários luxuosos.
- Pelo prazer de ver duas atrizes de elite em um roteiro cada vez mais ousado e absurdo. (HM)
9. Dept. Q (Netflix)
- Uma reinvenção do gênero investigativo em Edimburgo, focada em Carl Morck, um detetive brilhante relegado a casos antigos no porão.
- O foco nos personagens e na dinâmica da equipe, incluindo um misterioso especialista em TI vindo da Síria.
- Inteligente, sombria e conduzida com a maestria de Scott Frank (de O Gambito da Rainha). (CJ)
10. Morrendo por Sexo (Disney+)
- Minissérie baseada em uma história real sobre uma mulher com câncer terminal que decide explorar sua sexualidade ao máximo em seus últimos meses.
- Evita o sentimentalismo barato, oferecendo um retrato objetivo e autêntico sobre conexões humanas e a morte.
- A atuação de Michelle Williams é um dos pontos altos do ano, equilibrando humor e tragédia. (HM)
11. Mr. Loverman (Indisponível no streaming no Brasil)
- Lennie James brilha como um homem de 70 anos que escondeu sua homossexualidade e seu verdadeiro amor por décadas.
- Uma perspectiva humana e sensível sobre as concessões feitas em relacionamentos longos e as barreiras geracionais.
- Pela interpretação premiada de James e pela recusa da série em criar vilões fáceis. (CJ)
12. Too Much (Netflix)
- Lena Dunham retorna com uma comédia romântica sobre uma executiva americana que foge para o Reino Unido após um burnout.
- Foca na manutenção de um relacionamento real entre duas pessoas emocionalmente feridas, em vez de focar apenas na conquista.
- Pelo charme natural de Will Sharpe e pelas participações especiais de Naomi Watts e Andrew Scott. (HM)
13. Code of Silence (Indisponível no streaming no Brasil)
- Uma jovem com deficiência auditiva trabalha na cafeteria da polícia e acaba infiltrada em uma gangue ao ler lábios em vídeos de vigilância.
- O uso criativo de legendas parciais para colocar o espectador na perspectiva sensorial da protagonista.
- Pela tensão crescente e pela representatividade orgânica e poderosa de Rose Ayling-Ellis. (CJ)
14. O Ensaio (Max / Prime Video)
- Nathan Fielder eleva seu estilo surreal ao simular falhas de comunicação entre pilotos de avião em uma réplica de aeroporto.
- A capacidade de transformar situações absurdas em estudos profundos sobre o comportamento humano.
- O episódio final traz uma reviravolta pessoal de Fielder que é, ao mesmo tempo, desconfortável e emocionante. (HM)
15. Such Brave Girls (Indisponível no streaming no Brasil)
- Uma sitcom britânica visceral sobre uma mãe e duas filhas que lidam com neuroses, traumas herdados e a iminência da pobreza.
- O humor "sujo" e honesto que não tem medo de abordar temas como saúde mental e aborto de forma direta.
- Pelo desempenho impecável do trio central, que entrega uma das comédias mais corajosas da década. (HM)
16. O Estúdio (Apple TV / Prime Video)
- Seth Rogen estrela esta sátira afiada sobre os bastidores de Hollywood, interpretando o novo diretor de um estúdio em crise.
- Participações hilárias de ícones como Martin Scorsese e Ron Howard zombando de suas próprias imagens.
- É a comédia mais inteligente do ano para quem quer entender (e rir) do caos da indústria do entretenimento. (CJ)
17. The White Lotus (Max / Prime Video)
- A terceira temporada leva o caos dos turistas ricos para um retiro espiritual na Tailândia, consolidando-se como um fenômeno cultural.
- Um tom mais sombrio e reflexivo, focando no bem-estar superficial e nos conflitos internos dos personagens.
- Pelo elenco estelar que inclui Parker Posey e Carrie Coon, mantendo o nível de tensão social nas alturas. (HM)
18. Adolescência (Netflix)
- Filmada inteiramente em planos-sequência, esta série britânica acompanha um jovem de 13 anos acusado de um crime terrível.
- A intensidade técnica que coloca o espectador dentro do desespero da família em tempo real.
- Uma obra devastadora que gera debates necessários sobre juventude, redes sociais e o sistema de justiça. (CJ)
19. Ruptura (Apple TV / Prime Video)
- A segunda temporada da distopia corporativa expande os mistérios da Lumon e a divisão entre as consciências dos funcionários.
- Uma estética visual impecável e atuações de identidade dupla que continuam desafiando a lógica.
- É ficção científica de alto nível que faz críticas ácidas ao equilíbrio (ou à falta dele) entre vida e trabalho. (HM)
20. The Pitt (Max / Prime Video)
- Um drama médico que se passa em tempo real durante plantões de 15 horas em um hospital de trauma em Pittsburgh.
- O foco absoluto no estresse psicológico dos profissionais de saúde, sem se perder em romances exagerados.
- Noah Wyle entrega uma atuação poderosa como um médico exausto tentando manter sua humanidade. (CJ)
21. Paradise (Disney+)
- Sterling K. Brown estrela este suspense político que começa com uma acusação de assassinato e evolui para algo muito maior.
- Uma reviravolta no fim do primeiro episódio que muda completamente a percepção do gênero da série.
- Ideal para quem busca uma trama engenhosa com atuações de peso e mistérios que desafiam a realidade. (HM)
22. Wolf Hall: O Espelho e a Luz (Indisponível no streaming no Brasil)
- A conclusão da trilogia histórica sobre Thomas Cromwell e o reinado de Henrique VIII.
- A fidelidade histórica aliada a uma reflexão moderna sobre o avanço do autoritarismo.
- O duelo de atuações entre Mark Rylance e Damian Lewis é um espetáculo de sutileza e tensão. (CJ)
23. O Caminho Estreito para os Confins do Norte (Prime Video)
- Jacob Elordi estrela este drama épico de guerra sobre um cirurgião australiano prisioneiro na selva tailandesa.
- Uma representação visceral e crua dos horrores da Segunda Guerra Mundial, baseada em um livro premiado.
- Uma jornada emocional devastadora sobre memória, trauma e a capacidade de sobrevivência humana. (HM)
24. Seus Amigos e Vizinhos (Apple TV / Prime Video)
- Jon Hamm vive um ex-gestor de fundos que passa a furtar seus vizinhos ricos para manter as aparências.
- Drama satírico sobre o "desespero silencioso" da elite de meia-idade. (CJ)
25. Big Boys (Indisponível no streaming no Brasil)
- A temporada final da amizade improvável entre Jack (gay) e Danny (hétero) na faculdade.
- Comédia dramática sensível sobre saúde mental e masculinidade. (HM)
Em síntese, 2025 ofereceu um catálogo rico que prova que a era do peak TV não só persiste como evolui, desafiando expectativas e oferecendo experiências audiovisuais tão diversas, ambiciosas e cativantes quanto o próprio tempo em que vivemos. Para o espectador, é um convite irresistível à imersão em narrativas que marcarão o cenário cultural dos anos vindouros.
