De volta ao lugar que é nosso: Juliana Campos encerra espera de 10 anos e leva Brasil à final no salto com vara

Foto: Wagner Carmo/CBAt
Há dez anos, o Brasil viu Fabiana Murer conquistar a medalha de prata no salto com vara no Campeonato Mundial de Atletismo. Desde então, a ausência de atletas brasileiras nas finais da modalidade deixou uma lacuna. No entanto, em 14 de setembro de 2025, em Tóquio, Juliana Campos pôs fim a essa espera, reconectando o presente do esporte com o passado de glórias.
A jornada de Juliana em Tóquio
Aos 28 anos, Juliana Campos demonstrou consistência e maturidade na fase classificatória. Sua performance foi impecável, um verdadeiro espetáculo de técnica e foco:
- Subida segura: Ela iniciou a prova superando as alturas de 4,25m, 4,30m, 4,45m e 4,60m.
- 100% de aproveitamento: Em todas as tentativas, Juliana superou as marcas em sua primeira chance.
- Liderança dividida: Seu desempenho perfeito a colocou na liderança da fase classificatória, ao lado de outras cinco atletas.
- Vaga garantida: Com 14 atletas alcançando a marca, a organização decidiu classificar todas para a final, confirmando a vaga da brasileira.
Essa atuação mostra a evolução da atleta, que há dois anos, no Mundial de 2023, ficou na 22ª posição com a marca de 4,50m.
O legado e o futuro
A conquista de Juliana vai além da simples classificação. Ela representa um marco para o atletismo brasileiro, carregando um significado simbólico e inspirador:
- Fim do jejum: A atleta quebrou um hiato de dez anos, trazendo o Brasil de volta ao palco das decisões. A última vez foi com Fabiana Murer, em 2015.
- Herança de glórias: Ao se classificar, Juliana resgata uma tradição de excelência na prova, que teve em Fabiana Murer sua maior expoente — campeã mundial em 2011 e presença constante em grandes eventos.
- Inspiração para a nova geração: A performance em um evento global, como o Campeonato Mundial de Atletismo, projeta o nome do Brasil no cenário internacional e motiva jovens talentos a buscarem o mesmo caminho.
Um olhar para a final
- Enquanto Juliana celebra sua classificação, a brasileira Beatriz Chagas, de 26 anos, não conseguiu avançar. Infelizmente, ela falhou em suas três tentativas de superar a altura inicial de 4,25m, ressaltando a pressão e a dificuldade da competição.
Agora, o foco se volta para a grande final. Com sua performance confiante, Juliana Campos não é apenas uma participante, mas uma forte candidata a lutar por uma medalha e, de vez, escrever seu nome na história do atletismo brasileiro. A prova final está marcada para as 8h20 (horário de Brasília) da quarta-feira, 17 de setembro.