O segredo para controlar o Parkinson está no movimento: Como a atividade física pode proteger seu cérebro(comprovado cientificamente)

A doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, comprometendo movimentos, equilíbrio e funções cognitivas. No entanto, segundo a neurologista Sara Casagrande, do hospital das clínicas, a atividade física surge como um pilar essencial no tratamento, oferecendo benefícios neuroprotetores únicos. Em participação no programa cnn sinais vitais, apresentado pelo dr. Roberto kalil, a especialista destacou como exercícios regulares podem transformar a vida dos pacientes.
A atividade física como tratamento neuroprotetor
A Dra. Sara casagrande enfatizou que a prática de exercícios é o único tratamento com comprovação científica de efeito neuroprotetor para o Parkinson:
"Antes de pensarmos em tratamentos avançados, é o único que impacta na proteção dos neurônios".
Estudos consistentes mostram que a movimentação corporal regular retarda a progressão da doença, preservando funções motoras e cognitivas.
Recomendações específicas para pacientes
Pacientes diagnosticados, assim como pessoas com histórico familiar ou fatores de risco, devem priorizar exercícios estruturados. A neurologista comparou as diretrizes às da cardiologia, destacando a importância de monitorar a frequência cardíaca e incluir atividades aeróbicas, fortalecimento muscular e exercícios de equilíbrio.
Abordagem multidisciplinar
Além da atividade física, a reabilitação com fisioterapia e fonoaudiologia é crucial. Essas terapias complementares ajudam a melhorar a mobilidade, a comunicação e a deglutição. A dra. Sara também citou avanços em medicamentos, como a levodopa (usada há 50 anos) e novas terapias, que, combinadas aos exercícios, elevam a qualidade de vida.
Desmistificando o Parkinson
A especialista ressaltou que, com os tratamentos atuais, muitos pacientes mantêm vidas ativas e profissionais:
"Temos pilotos, jornalistas e outros profissionais que convivem bem com a doença".
Isso reforça a importância de combater estigmas e promover informações precisas sobre o manejo da condição.
Impacto social e prevenção
Com a possível "epidemia de Parkinson" devido ao envelhecimento populacional, a conscientização sobre prevenção e tratamento precoce é vital. A atividade física, além de acessível, reduz custos com saúde pública e empodera os pacientes.
O Parkinson não é uma sentença de incapacidade. Como demonstrado pela dra. Sara casagrande, a combinação de exercícios, reabilitação e medicamentos modernos permite que os pacientes tenham uma vida plena. A atividade física, em especial, destaca-se não apenas como terapia complementar, mas como a única intervenção com efeito neuroprotetor comprovado. A mensagem é clara: movimentar-se é essencial para preservar a saúde do cérebro e a independência.