Ozempic brasileiro: Conheça Olire e Lirux – Diferenças, eficácia e como funcionam contra diabetes e obesidade

Nesta segunda-feira (04/08/25), chegaram às farmácias brasileiras dois novos medicamentos desenvolvidos pela EMS: o Olire, indicado para obesidade, e o Lirux, para diabetes tipo 2. Popularmente chamados de "Ozempic brasileiro", esses fármacos trazem opções nacionais ao mercado, mas possuem diferenças significativas em relação a outros tratamentos similares, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro. Este resumo detalha suas características, mecanismos de ação e relevância no tratamento dessas condições.
Princípio ativo: Liraglutida X Semaglutida X Tirzepatida
A principal diferença entre esses medicamentos está em seus princípios ativos:
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Olire e Lirux: Contêm liraglutida, um análogo do hormônio GLP-1, que regula o apetite e os níveis de glicose no sangue. Essa molécula é a mesma usada em medicamentos como Saxenda e Victoza (descontinuados pela Novo Nordisk). A produção nacional foi possível após a queda da patente no Brasil.
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Ozempic e Wegovy: Utilizam semaglutida, outro análogo do GLP-1, com efeitos similares, porém com maior potência e duração.
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Mounjaro: Baseado em tirzepatida, que age sobre dois hormônios (GLP-1 e GIP), oferecendo um mecanismo duplo para controle glicêmico e saciedade.
A liraglutida (Olire/Lirux) é uma opção mais acessível, enquanto semaglutida (Ozempic/Wegovy) e tirzepatida (Mounjaro) são alternativas mais potentes, porém com custo elevado.
Potência para perda de peso
Estudos clínicos mostram diferenças na eficácia para emagrecimento:
- Mounjaro: É o mais potente, com perda de peso relativa 47% maior que seus concorrentes, devido à ação dual (GLP-1 + GIP).
- Wegovy: Reduz em média 17% do peso corporal, com alguns pacientes perdendo mais de 20%.
- Olire: Promove perda de 8% a 10% do peso em 6 meses a 1 ano, sendo menos potente, mas ainda eficaz para muitos pacientes.
A escolha do medicamento deve considerar a necessidade individual, custo e resposta ao tratamento, sempre com acompanhamento médico.
Custos:
O lançamento do Olire (R$ 350-600)
e Lirux (R$ 300-550)
traz opções mais acessíveis frente ao Ozempic (R$ 800+)
e Mounjaro (R$ 1.200+)
, porém com diferenças na potência e frequência de uso. Enquanto as versões brasileiras custam até metade do preço, os medicamentos importados ainda lideram em eficácia. A escolha deve considerar orçamento e objetivos terapêuticos, sempre com acompanhamento médico.
Dosagem e frequência de aplicação
A forma de uso também varia significativamente:
- Olire e Lirux: Aplicação diária, com doses máximas de 3 mg (Olire) e 1,8 mg (Lirux).
- Ozempic, Wegovy e Mounjaro: Aplicação semanal, com dosagens variáveis (ex.: Ozempic até 1 mg/semana, Mounjaro até 15 mg/semana).
Vantagens: As canetas semanais oferecem maior comodidade, enquanto as diárias podem ser mais ajustáveis em alguns casos.
Eficácia no tratamento de diabetes tipo 2
Todos os medicamentos citados são eficazes no controle glicêmico, mas:
- Lirux e Ozempic: Focam no GLP-1, melhorando a sensibilidade à insulina.
- Mounjaro: Destaca-se por sua ação combinada (GLP-1 + GIP), potencializando resultados.
Destaque: A liraglutida (Lirux) é uma opção consolidada, enquanto a tirzepatida (Mounjaro) traz inovações terapêuticas.
O lançamento do Olire e do Lirux representa um avanço para a indústria farmacêutica nacional, oferecendo alternativas mais acessíveis para obesidade e diabetes. No entanto, as diferenças em princípios ativos, potência e posologia exigem avaliação médica para a escolha ideal. Enquanto o "Ozempic brasileiro" é uma opção viável, medicamentos como Wegovy e Mounjaro continuam sendo alternativas mais potentes, porém com custo elevado. O acompanhamento profissional é essencial para evitar riscos e garantir resultados seguros.