Sofre com tosse e alergia no tempo seco? O que fazer para respirar melhor e evitar riscos à saúde

Agosto e setembro são meses críticos para a saúde respiratória no Brasil, marcados pelo ar seco e pelo aumento das queimadas, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. A combinação desses fatores eleva a poluição atmosférica, agravando doenças respiratórias e afetando até mesmo pessoas saudáveis. Especialistas destacam a necessidade de cuidados preventivos para minimizar os riscos à saúde.
Impactos da poluição e do ar seco na saúde respiratória:
- Agravamento de doenças crônicas: A fumaça das queimadas contém partículas inaláveis, como fuligem e gases tóxicos, que irritam as mucosas e pioram condições como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
- Risco aumentado para grupos vulneráveis: Crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes e portadores de doenças cardíacas ou respiratórias são os mais afetados.
- Efeitos a longo prazo: A exposição prolongada a poluentes urbanos (como queima de plástico e lixo) pode elevar o risco de câncer de pulmão, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Medidas essenciais para proteger o ambiente doméstico:
- Controle da ventilação: Manter janelas fechadas durante picos de poluição e abri-las apenas no início da manhã ou à noite, quando a concentração de poluentes é menor.
- Umidificação do ar: Usar umidificadores (limpos regularmente) ou métodos caseiros, como toalhas molhadas e baldes com água, para manter a umidade entre 40% e 60%.
- Cuidado com ar-condicionado: Evitar uso excessivo, pois resseca o ar. Preferir roupas leves e hidratação constante.
Hidratação e ajustes na rotina:
- Água como aliada: Consumir no mínimo 35 ml de água por quilo de peso corporal diariamente para combater a desidratação e auxiliar as vias respiratórias.
- Exercícios físicos com cautela: Evitar atividades ao ar livre em dias de alta poluição, especialmente entre 10h e 16h. Se necessário, usar máscaras PFF₂ para filtrar partículas.
Sinais de alerta e quando procurar ajuda médica:
- Sintomas como tosse persistente, chiado no peito, ardência nos olhos e fadiga indicam agressão ao sistema respiratório.
- Pacientes com doenças crônicas devem seguir rigorosamente o plano medicamental e buscar atendimento imediato em caso de piora.
A temporada de queimadas e ar seco exige atenção redobrada à saúde respiratória. Pequenas ações, como umidificar ambientes, hidratar-se e evitar exposição à poluição, podem reduzir significativamente os riscos. Grupos vulneráveis devem adotar medidas extras e monitorar sintomas. A conscientização e a prevenção são fundamentais para enfrentar os desafios desse período, garantindo bem-estar e qualidade de vida.