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sábado, 21 de junho de 2025 às 11:06 GMT+0

Líderes que não sabem se comunicar custam milhões à sua empresa: Desalinhamento de equipe e perda de credibilidade - Como evitar?

A falta de fluidez na comunicação não é apenas um problema operacional, mas um risco estratégico capaz de gerar perdas milionárias e destruir carreiras. Líderes que não se comunicam de forma clara e eficiente podem desencadear uma série de consequências negativas, como desalinhamento de equipes, perda de prazos e erosão da confiança na organização. Andréa Migliori, CEO da Workhub, destaca que o impacto dessa deficiência é "devastador", mesmo que nem sempre seja imediatamente visível.

A relevância do engajamento e os dados alarmantes

  • Engajamento e produtividade: Segundo relatórios da McKinsey, empresas com líderes que se comunicam de forma transparente e frequente apresentam níveis de engajamento significativamente maiores. Esse engajamento é um diferencial competitivo, pois, como aponta a Gallup, equipes desengajadas custam US$ 8,8 trilhões anuais em produtividade perdida — equivalente a 9% do PIB mundial.
  • Credibilidade e cultura organizacional: Líderes que falham em comunicar-se adequadamente perdem credibilidade, afetando não apenas a moral das equipes, mas também a percepção externa da marca. A comunicação deficiente mina a confiança e pode levar a um ambiente de trabalho tóxico.

Os desafios estruturais da comunicação corporativa

O problema não reside apenas na falta de vontade ou visão, mas em barreiras estruturais:

  • Ferramentas e cultura: Muitas organizações carecem de ferramentas adequadas e de uma cultura que priorize a comunicação eficaz.
  • Descompasso entre RH e liderança: Frequentemente, o RH foca em questões humanas, enquanto a alta gestão prioriza resultados. Essa desconexão reforça a visão do RH como um "centro de custo" em vez de um gerador de valor, dificultando a implementação de soluções.

Soluções: Intencionalidade e clareza na comunicação

Para reverter esse cenário, é essencial adotar medidas práticas:

  • Intencionalidade comunicativa: Comunicar-se bem não significa falar mais, mas sim com clareza, no momento certo e para o público certo. Isso envolve antecipar conflitos e promover diálogos proativos.
  • Integração de estratégia e operação: É preciso alinhar objetivos macro com ações cotidianas, conectando números a comportamentos e metas a propósitos.
  • Investimento em treinamentos e ferramentas: Capacitar líderes e equipes com técnicas de comunicação eficaz e plataformas que facilitem o fluxo de informações.

Comunicação como alicerce do sucesso organizacional

A comunicação eficaz não é um "diferencial", mas uma necessidade estratégica. Empresas que investem nessa frente colhem frutos como alinhamento, confiança e resultados sustentáveis. Como destacado no RH Summit, o desafio é cultural e exige comprometimento de todas as esferas hierárquicas. Em um mundo onde o desengajamento custa trilhões, falar melhor — e não apenas mais — é o caminho para transformar riscos em oportunidades.

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