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terça-feira, 31 de outubro de 2023 às 14:00 GMT+0

O pesadelo do castigo corporal nas escolas do Quênia: Uma tragédia que exige mudanças

No Quênia, o terrível episódio de Caleb Mwangi, um jovem de 13 anos, revelou a brutal realidade do castigo corporal nas escolas do país. Após ser espancado por servir-se de mais comida no café da manhã da escola, Caleb ficou em coma induzido por 11 dias, sofrendo uma agressão que deixou cicatrizes profundas em seu corpo. A história de Caleb, embora chocante, é apenas uma das muitas, demonstrando a urgência de abordar essa prática danosa.

  1. Proibição Insuficiente: A proibição do castigo corporal nas escolas quenianas em 2001 não conseguiu eliminar essa prática, mostrando a necessidade de conscientização e mudança.

  2. Persistência da Mentalidade: Uma pesquisa de 2019 revelou que mais de metade dos jovens quenianos entre 18 e 24 anos concordam com o uso de castigos corporais pelos professores, destacando a persistência dessa mentalidade.

  3. Aumento Alarmante de Casos: Casos graves de castigo corporal estão em ascensão, com relatos aumentando mais de quatro vezes nos últimos três anos, agravando a crise.

O caso de Caleb aponta diretamente para Nancy Gachewa, a diretora de sua escola, que posteriormente ordenou que outros estudantes o espancassem. Gachewa nega as acusações. Embora seu caso seja horrível, não está sozinho, e relatos indicam que a maioria dos incidentes nunca é reportada, criando uma cultura de impunidade.

  • Cultura de Impunidade: A impunidade é um problema crescente, com relatos de casos de morte relacionados a espancamentos nas escolas.

O caso de Ebbie Noelle Samuels, uma jovem que morreu após ser espancada por um vice-diretor, demonstra as consequências extremas do castigo corporal, levando à sua morte. Embora a vice-diretora tenha sido presa por homicídio, muitos casos permanecem sem justiça.

  • Consequências Extremas: A morte de Ebbie destaca a gravidade da situação e a necessidade de responsabilização.

Organizações como a Beacon Teachers Africa estão pressionando por mudanças, capacitando professores a proteger as crianças nas escolas e promover a disciplina sem o uso de castigos corporais. A educação sobre os direitos das crianças e a importância de práticas mais saudáveis está começando a ganhar terreno, mas há um longo caminho a percorrer.

  • Esperança de Erradicação: Iniciativas como a Beacon Teachers Africa oferecem esperança para a erradicação do castigo corporal nas escolas.

Documentário: TAUGHT TO FEAR: Corporal Punishment in the Classroom - BBC Africa Eye documentary

O Quênia enfrenta um desafio crítico em seu sistema educacional, onde a agressão física é usada como forma de disciplina. A tragédia de Caleb e a morte de Ebbie são lembranças dolorosas de que é hora de o país abraçar mudanças fundamentais e proteger suas crianças.

As histórias de Caleb e Ebbie lançam luz sobre uma realidade perturbadora nas escolas do Quênia. A prática do castigo corporal ainda persiste, apesar da proibição, exigindo uma mudança cultural e sistêmica. Organizações e educadores estão fazendo esforços para erradicar essa prática, mas a batalha está longe de ser vencida. O país precisa adotar práticas mais saudáveis e seguras para proteger suas crianças e garantir que tragédias como as de Caleb e Ebbie não se repitam.

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