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sábado, 12 de agosto de 2023 às 15:01 GMT+0

'Demônio de Pines' é finalmente revelado em inovador estudo científico

Um estudo recente publicado na revista científica Nature revelou uma descoberta notável feita por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, nos Estados Unidos. Pela primeira vez, os cientistas conseguiram detectar uma entidade conhecida como 'Demônio de Pines', uma ideia proposta pelo físico teórico David Pines em 1956. Essa descoberta ocorreu por acaso durante um estudo envolvendo um metal rutenato de estrôncio.

O 'Demônio de Pines' é um fenômeno intrigante relacionado a plasmons, que são unidades de ondas presentes entre elétrons. No estudo, foi utilizada uma amostra de metal rutenato de estrôncio (Sr2RuO4), um material que exibe diversos fenômenos interessantes como supercondutividade e transições em semimetais. Os plasmons, quasipartículas que surgem em oscilações quantizadas no plasma (o quarto estado da matéria), têm propriedades fascinantes que os tornam cruciais para entender fenômenos complexos.

As quasipartículas, explicadas pela física, são observadas em cenários microscópicos, como quando partículas em um sólido, como elétrons, interagem entre si. A descoberta do 'Demônio de Pines' ocorreu cerca de 67 anos após a previsão inicial feita por David Pines, e ela foi feita por acidente durante o estudo do rutenato de estrôncio, que é conhecido por sua semelhança com supercondutores de alta temperatura.

O estudo revelou que o comportamento dos elétrons em sólidos, como metais, pode ser mais complexo do que se pensava anteriormente. O 'Demônio de Pines' envolve a criação de uma quasipartícula que é praticamente invisível e desprovida de massa ou carga elétrica, mas tem um papel crucial nas interações microscópicas. Essa descoberta acidental destaca a importância de explorar novos territórios científicos e medir fenômenos inesperados, revelando que muitas vezes as maiores descobertas não são planejadas, mas surgem quando se investiga lugares desconhecidos.

A liderança do estudo enfatiza que essa descoberta ressalta a necessidade de continuar explorando e medindo fenômenos, mesmo que não estejamos inicialmente buscando por eles. A detecção do 'Demônio de Pines' abre portas para um entendimento mais profundo das interações microscópicas em materiais complexos e pode ter implicações significativas em diversos campos da física e da ciência de materiais.

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