Conflito Israel-Irã dispara preço do petróleo: Maior alta desde 2022 e impactos na economia global

Os preços do petróleo registraram a maior alta desde 2022 nesta sexta-feira (13/06/25), impulsionados pelos ataques entre Israel e Irã, que aumentaram os temores de uma escalada de conflitos no Oriente Médio. O Brent, referência global, subiu 7%, fechando em US$ 74,23
o barril, enquanto o petróleo norte-americano valorizou 7,26%, atingindo US$ 72,98
. Essa volatilidade reflete a sensibilidade do mercado a crises geopolíticas, especialmente em regiões produtoras de petróleo.
Causas da alta nos preços
- Ataques recíprocos entre Israel e Irã: Israel atacou instalações nucleares e militares iranianas, provocando uma retaliação do Irã com mísseis balísticos. Esses eventos geraram incertezas sobre a estabilidade na região, que responde por uma parte significativa da produção global de petróleo.
- Temores de interrupção no fornecimento: O Oriente Médio é um dos principais produtores mundiais de petróleo, e conflitos na região podem afetar rotas de transporte e infraestrutura crítica, como oleodutos e portos.
- Comparação com eventos anteriores: A alta recorde lembra o impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, quando os preços dispararam devido a preocupações com o abastecimento.
Impactos econômicos e mercadológicos
- Mercados globais em alerta: A escalada geopolítica abalou os investidores, que agora avaliam riscos de um conflito prolongado. Segundo Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank, o foco está em "como a situação pode piorar".
- Pressão inflacionária: A Capital Economics alerta que preços mais altos do petróleo podem reacender a inflação global, complicando as políticas de bancos centrais, como o Federal Reserve (Fed), que busca controlar os índices de preços.
- Efeitos em outros ativos: O ouro, considerado um ativo seguro, também registrou alta acima de 1%, refletindo a busca por proteção em meio à incerteza.
A tensão entre Israel e Irã demonstra como crises geopolíticas podem impactar rapidamente a economia global, especialmente em setores sensíveis como energia. Se o conflito se intensificar, os preços do petróleo podem continuar voláteis, com efeitos em cadeia sobre inflação, taxas de juros e crescimento econômico. Enquanto isso, analistas monitoram a resposta de outros países produtores, como a Arábia Saudita e o Cazaquistão, cuja capacidade de equilibrar o mercado será crucial para evitar choques prolongados.