Ozzy Osbourne: A vida do 'Príncipe das Trevas' – Do Black Sabbath a 'Changes - Escândalos que marcaram a história do rock

John Michael "Ozzy" Osbourne, mais conhecido como Ozzy Osbourne, foi uma das figuras mais icônicas e controversas da história da música. Nascido em 3 de dezembro de 1948, em Birmingham, Inglaterra, ele se tornou uma lenda como vocalista do Black Sabbath, banda que ajudou a definir o heavy metal. Sua morte em 22 de julho de 2025, aos 76 anos, marcou o fim de uma era, mas seu legado permanece vivo através de suas músicas, performances memoráveis e histórias inacreditáveis.
A importância de Ozzy Osbourne para a música
- Pioneiro do heavy metal: Junto com o Black Sabbath, Ozzy foi fundamental na criação do gênero, com álbuns revolucionários como "Paranoid" (1970) e "Master of Reality" (1971).
- Carreira solo de sucesso: Após deixar o Black Sabbath em 1979, ele lançou discos clássicos como "Blizzard of Ozz" (1980) e "No More Tears" (1991), provando que seu talento ia além da banda original.
- Ozzfest: O festival criado por Ozzy em 1996 se tornou um dos mais importantes do metal, revelando novas bandas e reunindo grandes nomes do gênero.
Os maiores sucessos de Ozzy Osbourne
Com o Black Sabbath:
Carreira solo:
"Changes" (versão solo, 1993): Originalmente gravada com o Black Sabbath em 1972 para o álbum "Vol. 4", a música ganhou nova vida quando Ozzy regravou-a em dueto com sua filha Kelly Osbourne em 2003. A versão solo, lançada em "Under Cover" (2005), mostra um lado mais sensível do artista, longe do heavy metal tradicional. A canção fala sobre transformações e arrependimentos, temas que marcaram a vida pessoal de Ozzy.
A história de "Changes"
Uma das baladas mais emocionantes da carreira de Ozzy, "Changes" foi escrita durante os anos turbulentos do Black Sabbath. A música reflete as mudanças pessoais e profissionais que o grupo enfrentava na época.
- Versão original (1972): Composta por Ozzy, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, a canção tinha um tom melancólico, com letras sobre relacionamentos desfeitos. Foi uma das poucas baladas do Black Sabbath e mostrava um lado mais vulnerável da banda.
- Regravação com Kelly Osbourne (2003): Ozzy decidiu relançar a música em dueto com sua filha Kelly para o álbum "Changes". A nova versão, mais suave e emotiva, foi um sucesso e trouxe a canção para uma nova geração de fãs.
- Significado pessoal: A música ganhou ainda mais significado após a morte de Randy Rhoads (guitarrista de Ozzy) em 1982 e se tornou um símbolo das transformações na vida do cantor, incluindo suas lutas contra os vícios e a reconciliação com sua família.
Curiosidades e polêmicas marcantes
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A mordida no morcego (1982): Durante um show, um fã jogou um morcego no palco. Ozzy, achando que era de brinquedo, mordeu a cabeça do animal. O incidente virou lenda e o obrigou a tomar vacinas contra raiva.
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O tubarão no hotel: Em uma turnê nos anos 1970, Ozzy e Tony Iommi (guitarrista do Black Sabbath) levaram um tubarão morto para o quarto de um hotel e o despedaçaram, deixando tudo ensanguentado.
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Xixi no Alamo: Ozzy foi preso por urinar no monumento histórico do Alamo, no Texas, vestindo um vestido de sua esposa, Sharon. O caso resultou em um banimento de dez anos da cidade.
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Cheirando formigas e lambendo urina: Em uma aposta bizarra com a banda Mötley Crüe, Ozzy provou sua "loucura" cheirando formigas e depois lambendo a urina do baixista Nikki Sixx.
A vida pessoal e os excessos
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Batalha contra as drogas e o álcool: Ozzy lutou contra vícios por décadas, o que levou a episódios violentos, como quando quase estrangulou Sharon em 1989 durante um surto causado por drogas.
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Família Osbourne: Apesar dos problemas, seu casamento com Sharon durou mais de 40 anos. A família ficou famosa pelo reality show "The Osbournes" (2002-2005), que mostrou um lado mais humano e humorado do cantor. (Disponível no Prime Vídeo)
O Legado de Ozzy Osbourne
Ozzy Osbourne foi muito mais que um músico: foi um símbolo de rebeldia, genialidade e excessos. Sua contribuição para o heavy metal é inegável, e suas histórias bizarras fazem parte do folclore do rock. Apesar das polêmicas, ele deixou um legado artístico que continuará a inspirar fãs e músicos. Como ele mesmo disse:
"Eu sou o príncipe das trevas, mas também sou apenas um cara normal que ama música."
Sua morte encerra uma era, mas sua lenda nunca será esquecida.