Sophie Power: Como uma foto viral de amamentação em ultramaratona revolucionou o esporte feminino

Power concilia sua campanha e ultramaratona com a criação de seus três filhos
Sophie Power, uma ex-profissional do setor bancário, transformou-se em uma voz poderosa pela inclusão feminina no esporte após uma fotografia viral durante uma ultramaratona. Sua jornada, iniciada como um desafio pessoal, tornou-se um movimento global por igualdade, especialmente para mães atletas. Este resumo explora sua trajetória, o impacto de sua campanha e as mudanças concretas que ela ajudou a implementar.
O início inusitado: De não corredora a ultramaratonista
- Aos 26 anos, após ser demitida, Sophie power inscreveu-se em uma ultramaratona de 250 km sem experiência prévia. Inspirada por um amigo, descobriu uma paixão pelo esporte, destacando-se pela resistência adquirida no esquadrão aéreo universitário.
- Sua história ilustra como desafios pessoais podem levar à descoberta de potenciais inexplorados.
- Mostra que o esporte de endurance não é exclusivo para atletas tradicionais, incentivando diversidade.
O dilema materno e a corrida histórica
- Em 2018, três meses após o parto de seu segundo filho, Cormac, Sophie disputou a ultramaratona utmb (170 km, com 10.000 m de elevação), mesmo sem condições físicas ideais. A prova não permitia adiamento por gravidez.
- Fato marcante: Ela completou a prova em 43,5 horas, amamentando o bebê nos postos de abastecimento. Uma foto desse momento, tirada por Alexis berg, viralizou.
- Impacto: A imagem simbolizou as barreiras enfrentadas por mães no esporte e gerou discussões sobre políticas inclusivas.
A criação do sheraces e os seus princípios
Sophie fundou a organização sheraces para eliminar obstáculos à participação feminina em corridas. Sua pesquisa com 2.000 mulheres revelou problemas como:
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Falta de banheiros femininos e produtos menstruais.
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Linguagem intimidante na divulgação de eventos (ex.: "o mais difícil, o mais perigoso").
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Camisetas unissex inadequadas e horários de corte pouco flexíveis.
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Princípios propostos: Incluíam desde vestiários específicos até igualdade na cobertura midiática e políticas contra assédio.
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Conquistas: Grandes eventos, como a maratona de londres e a utmb, adotaram adiamentos por gravidez e reembolsos.
Mudanças concretas e desafios remanescentes
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Exemplo de progresso: A UTMB passou a oferecer reentrada prioritária por até cinco anos para gestantes ou mães recentes.
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Dados preocupantes: Sophie destacou que meninas abandonam o esporte em taxas alarmantes, muitas vezes por falta de adaptação às suas necessidades.
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Próximos passos: Ampliar a adoção dos princípios do sheraces e repensar a narrativa esportiva para atrair mais mulheres.
Um legado de igualdade e inspiração
Sophie power transformou uma experiência pessoal em um movimento global. Sua luta evidenciou que pequenas mudanças — como palavras mais inclusivas ou políticas para mães — podem democratizar o esporte. Ainda há desafios, mas seu trabalho prova que é possível conciliar maternidade e paixão atlética, inspirando futuras gerações a correrem — literal e figurativamente — em direção a um mundo mais justo.