Cães e gatos podem proteger seu cérebro? Estudo revela como pets ajudam a prevenir declínio cognitivo principalmente após os 50 anos

Um estudo recente realizado por cientistas das universidades de Genebra, Lausanne e Zurique, na Suíça, revelou que a convivência com animais de estimação, especialmente cães e gatos, pode ajudar a retardar o declínio cognitivo em pessoas acima dos 50 anos. Publicado no periódico Scientific Reports, a pesquisa analisou dados coletados ao longo de 18 anos, destacando os benefícios físicos e mentais dessa relação.
Importância e relevância do estudo:
- Envelhecimento populacional: Com o aumento da expectativa de vida, entender fatores que preservam a saúde cerebral é essencial para a qualidade de vida na terceira idade.
- Prevenção de doenças neurodegenerativas: O declínio cognitivo está associado a condições como Alzheimer e demência, tornando estratégias preventivas um tema de grande interesse científico.
- Benefícios amplos dos pets: Além da saúde mental, animais de estimação já são reconhecidos por reduzirem estresse, ansiedade e solidão, fatores que impactam diretamente a cognição.
Principais descobertas:
- Cães e memória: Tutores de cães apresentaram melhor desempenho em testes de memória, tanto imediata quanto tardia. Isso pode estar ligado à necessidade de atividades físicas e interação social que os cachorros exigem.
- Gatos e linguagem: Donos de gatos tiveram um declínio mais lento na capacidade de se expressar verbalmente, possivelmente devido ao estímulo constante da comunicação e do vínculo emocional.
- Outros animais: Pets como pássaros ou roedores não mostraram impactos significativos, sugerindo que a interação mais ativa com cães e gatos seja a chave para os benefícios cognitivos.
Mecanismos por trás dos benefícios:
Os pesquisadores destacam que a convivência com pets promove:
- Atividade física: Passeios com cães incentivam exercícios, melhorando a circulação e a oxigenação cerebral.
- Redução da solidão: O companheirismo dos animais diminui sentimentos de isolamento, fator de risco para declínio mental.
- Estímulo social: Donos de pets tendem a interagir mais com outras pessoas, fortalecendo conexões neurais relacionadas à cognição.
Limitações e próximos passos:
Apesar dos resultados promissores, os cientistas enfatizam a necessidade de mais estudos para confirmar as relações de causa e efeito. Fatores como tempo de convivência com o animal e características individuais dos participantes ainda precisam ser explorados.
A pesquisa reforça que cães e gatos podem ser aliados importantes na preservação da saúde cerebral após os 50 anos, combinando benefícios emocionais, físicos e cognitivos. Enquanto a ciência avança, uma coisa é certa: o amor pelos pets não só aquece o coração, mas também protege a mente.