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sexta-feira, 11 de abril de 2025 às 10:06 GMT+0

Crise de ansiedade não é frescura: Entenda as causas e como controlar esse transtorno

A ansiedade, um fenômeno natural e humano, tornou-se uma questão de saúde pública devido ao seu crescimento epidêmico. Embora seja uma resposta evolutiva essencial para a sobrevivência, sua forma patológica causa sofrimento e prejuízos significativos. Neste resumo, exploramos as diferenças entre ansiedade fisiológica e patológica, seus impactos e as estratégias disponíveis para seu manejo, com base no artigo do psiquiatra Marcelo Queiroz Hoexter e em fontes científicas confiáveis.

A ansiedade como resposta natural

1. Origem evolutiva: Nos animais, o medo é uma reação inata diante de perigos, desencadeando respostas físicas como taquicardia, liberação de adrenalina e cortisol. Essas reações são agudas e cessam quando a ameaça desaparece.

2. Nos humanos: A ansiedade pode persistir mesmo sem ameaça real, tornando-se crônica. Por exemplo, situações traumáticas podem deixar o corpo em estado de alerta por meses.

Um nível moderado de ansiedade é benéfico, pois aumenta o foco e a prontidão para desafios, como provas ou apresentações.

Quando a ansiedade se torna patológica

  • Fronteira crítica: A ansiedade passa a ser problemática quando causa sofrimento intenso ou prejudica a vida diária, afetando relações sociais, desempenho profissional e bem-estar.

Sintomas comuns:

  • Taquicardia, sudorese, insônia e irritabilidade.
  • Preocupações excessivas e dificuldade de concentração.

Transtornos associados:

  • Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): Ansiedade crônica e desproporcional.
  • Transtorno do pânico: Crises agudas com sensação de morte iminente.
  • Fobias: Medos específicos, como fobia social ou de lugares fechados.
  • Relação com outras doenças: Ansiedade pode acompanhar depressão, bipolaridade e abuso de substâncias, funcionando como um "sintoma febril" da saúde mental.

Bases neurobiológicas da ansiedade

  • Desequilíbrio cerebral: A ansiedade envolve falhas na comunicação entre a amígdala (responsável pelo medo) e o córtex (controle racional).

  • Alterações funcionais: Embora estudos mostrem diferenças sutis na estrutura cerebral em pacientes ansiosos, o diagnóstico individual ainda depende da avaliação clínica.

Estratégias para o manejo da ansiedade

1. Mudanças de hábitos:

  • Atividade física: Exercícios aeróbicos regulares reduzem sintomas.
  • Higiene do sono: Horários fixos, ambiente tranquilo e evitar eletrônicos antes de dormir.
  • Técnicas de respiração e meditação: Ajudam a controlar crises agudas.

2. Desafios modernos:

  • Uso excessivo de tecnologia: Celulares e redes sociais amplificam a ansiedade, especialmente em jovens. A educação digital é essencial para o uso equilibrado.

Tratamentos profissionais:

1. Psicoterapia: Terapias cognitivo-comportamentais (TCC) ensinam a enfrentar, e não evitar, gatilhos.

2. Medicação: Antidepressivos e ansiolíticos podem ser necessários em casos graves.

Um chamado para o equilíbrio

A ansiedade, em sua forma saudável, é uma aliada da sobrevivência. No entanto, quando desregulada, torna-se uma fonte de sofrimento que exige atenção multidisciplinar. Combinações de terapia, medicamentos (quando necessário) e hábitos saudáveis são a chave para o controle. Em um mundo hiperconectado e acelerado, educar sobre saúde mental e promover estratégias de autocuidado é urgente. Como destaca Hoexter, a ansiedade patológica não deve ser negligenciada — buscar ajuda especializada é o primeiro passo para recuperar o equilíbrio e a qualidade de vida.

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