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segunda-feira, 10 de junho de 2024 às 10:39 GMT+0

Revolução na medicina brasileira : Inteligência Artificial Explicável acelera descoberta de medicamentos seguros e eficazes

A pesquisa liderada por André Silva Pimentel, cientista do Nosso Estado da FAPERJ e professor associado do Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, utiliza Inteligência Artificial Explicável (IAE) para desenvolver novos medicamentos. A IAE permite análises mais transparentes e compreensíveis, facilitando o desenvolvimento de substâncias terapêuticas seguras e eficazes.

Importância e Relevância

  • Velocidade e Custo: O método acelera o processo de descoberta de medicamentos, reduzindo custos.
  • Segurança e Precisão: A IAE melhora a compreensão dos mecanismos de ação, aumentando a precisão na identificação de moléculas promissoras.
  • Aplicações Neurológicas: O estudo facilita a entrada de medicamentos no cérebro, crucial para tratar doenças neurológicas.
  • Toxicologia: A metodologia ajuda a identificar compostos tóxicos, prevenindo mutações genéticas e câncer.
  • Disruptores Endócrinos: Pesquisa em andamento visa identificar substâncias que interferem no sistema hormonal.

Aplicações no Cérebro

A pesquisa focou na melhoria da entrada de medicamentos no cérebro, atravessando a barreira hematoencefálica. Este avanço é fundamental para tratar condições como:

  • Dores de cabeça
  • Doenças emocionais
  • Doenças neurodegenerativas
  • Meningites
  • Cânceres

Composição da Barreira Hematoencefálica

A barreira hematoencefálica é composta principalmente por gordura, influenciando a permeabilidade de certos compostos. Grupos químicos específicos, como nitrogênio, flúor e cloro, desempenham papéis cruciais na sua travessia.

  • Nitrogênio: Cloroquina, Anfetamina, Analgésicos opioides - Aumenta a permeabilidade ao cérebro
  • Flúor e Cloro: Corticosteroides - Facilitam a dissolução em gorduras

Compostos Tóxicos

Outro estudo publicado na revista Molecular Systems Design & Engineering identificou compostos mutagênicos que devem ser evitados no desenvolvimento de medicamentos:

  • Aminas aromáticas: Usadas em corantes.
  • Amidas aromáticas: Presentes em antigos analgésicos.
  • Nitrocompostos: Encontrados em explosivos.
  • Carboxamidas: Utilizadas em fungicidas.
  • Azidas: Agentes de conservantes químicos.
  • Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: Comuns na fumaça de cigarro e alimentos grelhados.

Outras Aplicações

A IAE também está sendo utilizada para identificar disruptores endócrinos que mimetizam hormônios humanos, como:

  • Esteroides: Em anabolizantes e anticoncepcionais.
  • DDT: Inseticida.
  • BPA: Utilizado na fabricação de plásticos.

A pesquisa de André Silva Pimentel com a IAE oferece uma metodologia inovadora e explicável para o desenvolvimento de medicamentos. Suas aplicações vão desde a melhoria da permeabilidade de medicamentos ao cérebro até a identificação de compostos tóxicos e disruptores endócrinos. Esses avanços têm o potencial de revolucionar a indústria farmacêutica, promovendo tratamentos mais eficazes e seguros.

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