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quarta-feira, 25 de junho de 2025 às 11:33 GMT+0

Dívida bruta do Brasil pode superar 100% do PIB: Entenda os riscos e o alerta dos economistas

A dívida bruta é o total de obrigações financeiras que um governo acumula, incluindo empréstimos e títulos públicos. No Brasil, esse indicador está em trajetória ascendente, conforme alerta da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado. A situação preocupa porque, em cinco anos, a dívida pode ultrapassar o Produto Interno Bruto (PIB) do país — um cenário considerado crítico para economias emergentes.

O cenário atual: Por que a dívida está aumentando?

  • Gastos maiores que arrecadação: O governo federal tem gasto mais do que arrecada, usando artifícios contábeis, como subestimar despesas e superestimar receitas, para mascarar o desequilíbrio.

  • Redução de investimentos: Para compensar, cortou-se verbas discricionárias (gastos não obrigatórios, como infraestrutura) e a capacidade de investimento público, agravando problemas estruturais.

  • Projeções alarmantes: Se mantido o ritmo, a dívida bruta superará 100% do PIB até 2030, patamar que limita o crescimento e aumenta a dependência de crédito externo.

As consequências para o Brasil

  • Crise de confiança: Investidores podem exigir juros mais altos para financiar a dívida, pressionando ainda mais o orçamento.

  • Ajustes dolorosos: O país pode enfrentar recessão ou medidas impopulares, como aumento de impostos ou cortes em programas sociais.

  • Comparação com países emergentes: Nações como Argentina e Venezuela viveram colapsos econômicos após perderem o controle da dívida — um risco real se o Brasil não mudar o rumo.

  • Contexto histórico: Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que dívidas acima de 90% do PIB reduzem a média de crescimento anual em 1,2% para economias emergentes.

A gravidade do problema: Metáforas e realidade

Assim como a lei da gravidade, as regras fiscais são implacáveis. Ignorá-las pode levar a consequências drásticas, como:

  • Falta de recursos para emergências: Crises climáticas ou pandemias exigem gastos extras, mas o espaço fiscal estará comprometido.
  • Dependência de medidas paliativas: A emissão de mais moeda (para cobrir dívidas) pode gerar inflação, corroendo o poder de compra da população.
  • Exemplo: O Banco Central Europeu (BCE) alerta que dívidas insustentáveis limitam a capacidade de países responderem a crises.

O que pode ser feito?

O relatório da IFI serve como um alerta vermelho. Para evitar um colapso, são necessárias:

1. Reformas estruturais: Revisão de gastos obrigatórios (como previdência) e incentivos à produtividade.
2. Transparência fiscal: Planos realistas, sem maquiagem contábil, para restaurar a credibilidade.
3. Diálogo com sociedade e mercados: Explicar os sacrifícios necessários e buscar consensos para evitar choques.

Como destacado por Waack, nomes bonitos (como "investimento social") não alteram a matemática fiscal. O Brasil precisa agir agora para não ser "esmagado" pelo peso da dívida.

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