UFC Rio 2025: Card preliminar 'passa o bastão' com 6 vitórias BR e preparação para o show de Charles do Bronx
O evento UFC Fight Night, realizado no Rio de Janeiro no sábado, 11 de outubro de 2025, foi um espetáculo de pura energia, especialmente no Card Preliminar. Esta fase inicial do evento se transformou em uma demonstração impressionante do talento brasileiro, com os atletas da casa garantindo seis vitórias em sete lutas. O resultado não apenas aqueceu a torcida, mas também consolidou carreiras e revelou futuros nomes do esporte.
O brilho nacional: Um saldo de quase perfeição
O Card Preliminar é o palco onde novos talentos se apresentam e atletas buscam consolidar sua posição. No UFC Rio, ele foi marcado por uma avassaladora performance brasileira, que estabeleceu um clima de euforia na arena.
- Força e profundidade: Com seis triunfos em sete combates, o desempenho coletivo sublinhou a qualidade e a profundidade dos lutadores brasileiros na base do UFC.
- A chave para o futuro: As vitórias por nocaute e finalização não só impulsionam a jornada individual dos atletas, mas também injetam entusiasmo e confiança na cena nacional do MMA.
Destaques da noite: Nocautes e finalizações de impacto
Três performances se destacaram pela forma como as vitórias foram conquistadas, projetando os nomes dos atletas em suas respectivas categorias.
1. Poder e precisão: Vitor "Cabuloso" Petrino (Peso-Pesado)
- Nocaute relâmpago: Em um combate equilibrado, Petrino precisou de apenas 26 segundos do terceiro round para nocautear o norte-americano Thomas Petersen.
- A promessa: A vitória por nocaute limpo demonstrou seu poder de fogo, e suas palavras pós-luta ("Nasci para isso...") refletiram a confiança de um atleta determinado a alcançar o topo.
2. Estreia de ouro: Bia Mesquita (Peso-Galo)
- Trunfo no solo: A multicampeã de jiu-jitsu fez uma estreia espetacular no UFC, finalizando a russa Irina Alekseeva no segundo round.
- Ameaça imediata: Vencer por finalização logo na estreia estabelece Bia Mesquita como uma perigosa especialista no ground game na divisão peso-galo.
Superando a experiência: Julia Polastri (Peso-Palha)
- Vitória de projeção: Polastri alcançou um grande feito ao nocautear tecnicamente a experiente veterana Karolina Kowalkiewicz no terceiro round.
- Novo nome na divisão: Derrotar uma adversária conhecida internacionalmente projeta o nome de Julia Polastri de forma poderosa na categoria peso-palha.
Outras vitórias consolidadoras
O sucesso brasileiro foi completado com atuações sólidas que garantiram triunfos importantes:
- Finalizações rápidas: Jafel Filho e Luan Lacerda (em luta contra o compatriota Saimon Oliveira) garantiram suas vitórias por finalização, demonstrando eficiência no solo.
- Decisão conquistada: Lucas Rocha venceu após três rounds equilibrados, garantindo a vitória por decisão unânime.
Card principal: A finalização de "Do Bronx"
O espetáculo do Card Preliminar apenas serviu como aperitivo para o ápice da noite, que foi o aguardado duelo entre o ídolo nacional Charles "do Bronx" Oliveira e o perigoso polonês Mateusz Gamrot.
- A luta da noite: Válida pela categoria Peso-Leve (até 70,3 kg), a luta principal entre o número 4 do ranking (Charles) e o número 8 (Gamrot) era crucial para definir os próximos passos na disputa pelo cinturão.
- Vitória no seu melhor estilo: Após um primeiro round equilibrado, onde Gamrot tentou impor seu grappling de controle, Charles "do Bronx" mostrou por que é o maior finalizador da história do UFC.
- Recorde ampliado: No segundo round, o brasileiro conseguiu levar a luta para o seu "habitat natural", dominou as costas do polonês e encaixou o golpe que já é sua marca registrada: o mata-leão.
- Euforia máxima: A vitória por finalização no segundo round fez a Farmasi Arena explodir em gritos de "O campeão voltou!", reforçando a invencibilidade de Charles em solo brasileiro (sete vitórias em sete lutas) e recolocando-o firmemente na rota de uma nova disputa de título. Sua atuação de gala rendeu-lhe um dos bônus de performance da noite.
O único revés: A dureza do esporte
Em um cenário de quase perfeição, Lucas Almeida, que encerrava o card preliminar, sofreu o único revés brasileiro da noite:
- Nocaute no início: Almeida foi derrotado por Michael Aswell Jr. por nocaute ainda no primeiro round.
- A lição: O resultado serve como um lembrete da imprevisibilidade do MMA de alto rendimento, onde a mínima falha pode levar a um desfecho rápido.
Um card que inspira
O Card Preliminar do UFC Rio foi um sucesso tático para o MMA brasileiro. O desempenho dominante criou o ambiente perfeito para as lutas de maior destaque, confirmando o Brasil como um viveiro de talentos e uma das maiores fortalezas do esporte no mundo.
