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terça-feira, 15 de outubro de 2024 às 16:12 GMT+0

Micróglias: As células do cérebro que podem proteger ou destruir – O que a ciência está descobrindo?

As micróglias são células que compõem cerca de 10% do cérebro humano e desempenham um papel crucial no seu funcionamento saudável. Historicamente, foram vistas como células do sistema imunológico sem grande relevância, mas estudos recentes mostram que elas podem estar por trás de várias condições neurológicas graves, como Alzheimer, depressão, vício, e dor crônica.

Importância das Micróglias para o cérebro

  • Desenvolvimento cerebral: Durante a infância, as micróglias são responsáveis por "podar" sinapses desnecessárias, garantindo o correto desenvolvimento neural.
  • Defesa contra infecções: Elas atuam como os "soldados" do cérebro, procurando e destruindo bactérias e vírus, mantendo a saúde cerebral.
  • Limpeza de detritos: Além de combater infecções, eliminam detritos acumulados e proteínas tóxicas, como as placas amiloides, relacionadas ao Alzheimer.

O lado vilão das Micróglias

No entanto, as micróglias também têm um "lado obscuro". Quando superativadas, elas deixam de ser as defensoras e passam a destruir o cérebro. Elas podem contribuir para a progressão de várias doenças, incluindo:

  • Doença de Alzheimer: As micróglias superativadas podem falhar ao lidar com as placas amiloides, agravando a inflamação crônica e destruindo neurônios.
  • Vício: Estudos sugerem que as micróglias respondem às drogas como invasores, ativando receptores que incentivam a formação de novas conexões neuronais, perpetuando o vício.
  • Dor crônica: Após uma lesão, elas liberam citocinas inflamatórias, exacerbando a dor e prolongando seu efeito.
  • Covid longa e "nevoeiro mental": Infecções virais podem desencadear a superativação das micróglias, prejudicando a função cognitiva e a memória.

Novas possibilidades de Tratamento

Pesquisadores estão desenvolvendo novos tratamentos focados em controlar as micróglias, como bloqueadores que evitam sua superativação ou a substituição das micróglias “defeituosas”. Testes clínicos para o Alzheimer buscam aumentar a capacidade dessas células de remover placas amiloides, mas os tratamentos funcionam melhor nos estágios iniciais da doença.

As micróglias desempenham papéis fundamentais no cérebro, atuando tanto como defensoras quanto vilãs. Entender como controlá-las pode abrir portas para novos tratamentos contra uma série de condições neurológicas, desde o Alzheimer até o vício e a dor crônica. No entanto, é necessário avançar com cautela, já que a micróglia também é essencial para a saúde cerebral geral.

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