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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024 às 10:13 GMT+0

Inflação em alta: Como o dólar e os alimentos estão pressionando os preços no Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, registrou uma variação de 0,39% em novembro de 2024, com destaque para a alta nos preços de alimentos e bebidas. Economistas avaliam que essa pressão deve continuar em dezembro, especialmente devido à valorização do dólar frente ao real, que encarece os custos de importação e impacta diretamente o setor agropecuário.

Principais fatores de impacto

Alimentação e bebidas

  • Esse grupo apresentou alta de 1,55% em novembro, com as carnes subindo expressivos 8,02%.
  • Fatores sazonais, aumento no consumo e desvalorização cambial ampliaram os custos de produção e importação.

Desvalorização cambial

  • O câmbio depreciado impacta negativamente a economia brasileira, aumentando os preços de insumos e produtos importados.
  • Economistas destacam que a inflação se mantém elevada devido à demanda aquecida e expectativas inflacionárias desancoradas.

Energia elétrica

  • Houve contribuição para desaceleração da inflação em novembro com a mudança da bandeira tarifária de vermelha para amarela.
  • Em dezembro, a troca para a bandeira verde deverá gerar redução menor nos preços.

Influência de promoções e sazonalidade

  • A Black Friday contribuiu para aliviar parte da inflação em novembro, levando a uma desaceleração maior em comparação a outubro.

Serviços e qualidade da inflação

  • Dados apontam uma piora na qualidade da inflação, com destaque para pressões no núcleo de Serviços.
  • A média trimestral reforça a necessidade de medidas mais rígidas, como aumento dos juros básicos.

Projeções econômicas

  • O IPCA deve encerrar 2024 com alta acumulada de 4,93%, acima do centro da meta inflacionária.
  • Para 2025, espera-se uma inflação ainda mais elevada, projetada em 5,51%, indicando a persistência de pressões inflacionárias.

A inflação no Brasil segue pressionada, principalmente pelo impacto da valorização do dólar e custos crescentes no setor alimentício. Apesar de alívios pontuais em energia elétrica e promoções sazonais, a qualidade dos números inflacionários preocupa economistas, apontando para a necessidade de ajustes fiscais e monetários mais rigorosos. Com perspectivas de alta de juros pelo Banco Central, o cenário exige atenção redobrada para manter a estabilidade econômica.

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