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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025 às 10:35 GMT+0

Onda de calor no Brasil aumenta consumo de energia e impacta economia

O Brasil enfrenta uma forte onda de calor, elevando a demanda por eletricidade a níveis recordes. Na última terça-feira (11/02), o consumo de energia atingiu 103.335 megawatts (MW), o maior já registrado no país, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esse aumento expressivo no uso de eletricidade pode ter impactos diretos na economia e no bolso dos consumidores.

Onda de calor e o aumento no consumo de energia

Por que o consumo aumentou tanto?

  • Altas temperaturas: O Brasil está enfrentando uma onda de calor intensa, com previsão de durar até 21 de fevereiro. Em algumas capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo, os termômetros podem passar dos 39°C.
  • Uso excessivo de ar-condicionado e ventiladores: A necessidade de climatização faz com que mais aparelhos fiquem ligados por períodos prolongados, exigindo mais da rede elétrica.
  • Horários de pico: O maior consumo ocorre no início da tarde, quando a temperatura está mais elevada e a demanda por refrigeração atinge seu auge.

Esse aumento na demanda não afeta apenas residências, mas também indústrias, comércios e serviços essenciais, como hospitais e transporte público climatizado.

Impactos econômicos para o consumidor

A conta de luz pode ficar mais cara?

Sim, há um risco de aumento nas tarifas de energia, devido a diversos fatores:

  • Maior acionamento de termelétricas: Quando a demanda aumenta muito, o governo pode acionar usinas térmicas, que geram eletricidade a um custo mais alto do que as hidrelétricas. Esse custo adicional pode ser repassado ao consumidor.
  • Possível mudança na bandeira tarifária: Atualmente, a tarifa de energia está na bandeira verde, que indica ausência de cobrança extra. No entanto, se o consumo continuar subindo e os reservatórios das hidrelétricas caírem, há possibilidade de ativação da bandeira amarela ou vermelha, encarecendo a conta de luz.
  • Maior consumo individual: Mesmo sem alteração na tarifa, o uso prolongado de aparelhos elétricos pode aumentar o valor final da fatura de energia no fim do mês.

O que o consumidor pode fazer para economizar?

Diante desse cenário, algumas medidas podem ajudar a reduzir o impacto na conta de luz:

  • Evitar o uso de aparelhos elétricos no horário de pico (12h às 17h).
  • Manter filtros de ar-condicionado limpos, pois filtros sujos fazem o aparelho gastar mais energia.
  • Optar por ventiladores em vez de ar-condicionado sempre que possível.
  • Desligar luzes e equipamentos eletrônicos quando não estiverem em uso.

Consequências para o setor elétrico e a economia

O recorde de demanda de energia levanta preocupações sobre a infraestrutura elétrica do país e o impacto no mercado econômico:

  • Pressão sobre o sistema elétrico: Embora o ONS garanta que o sistema tem capacidade para suportar a alta demanda, um consumo excessivo por períodos prolongados pode aumentar o risco de quedas de energia.
  • Efeito no comércio e na indústria: O aumento do consumo de eletricidade pode elevar custos para empresas, impactando preços de produtos e serviços, especialmente em setores que dependem de refrigeração, como supermercados e indústrias alimentícias.
  • Impacto na inflação: Se o custo da energia subir, esse aumento pode ser repassado aos consumidores, influenciando a inflação e reduzindo o poder de compra da população.

O recorde no consumo de energia reflete não apenas o calor intenso, mas também a dependência cada vez maior de aparelhos elétricos para conforto e produtividade. No curto prazo, o consumidor pode sentir o impacto no aumento da conta de luz, enquanto, no longo prazo, o país precisa se preparar para ondas de calor cada vez mais frequentes, investindo em geração de energia sustentável e em medidas de eficiência energética.

A conscientização sobre o consumo e a busca por alternativas mais econômicas serão essenciais para evitar surpresas desagradáveis no orçamento familiar.

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