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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025 às 12:19 GMT+0

Bolsonaro pode voltar em 2026? Entenda o projeto que reduz a inelegibilidade para 2 anos

O deputado Bibo Nunes (PL-RS) propôs um projeto de lei que pode encurtar o tempo de inelegibilidade de políticos condenados, permitindo que Jair Bolsonaro dispute as eleições de 2026. Mas o que isso significa? Como essa mudança afetaria a política brasileira? Vamos explicar tudo de forma clara e didática.

O que diz o projeto de lei?

  • O Projeto de Lei Complementar (PLP) 141/2023 quer reduzir de 8 anos para 2 anos o período de inelegibilidade de políticos condenados por abuso de poder econômico ou político.
  • Hoje, Bolsonaro está inelegível até 2030, mas, se o projeto for aprovado, ele poderia disputar as eleições de 2026.
  • A proposta altera a Lei da Ficha Limpa, que desde 2010 ampliou o tempo de inelegibilidade para 8 anos.

Por que Bolsonaro está inelegível?

  • Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por 5 votos a 2, tornar Bolsonaro inelegível até 2030.
  • A punição veio após uma reunião com embaixadores em 2022, na qual Bolsonaro espalhou informações falsas sobre o sistema eleitoral, colocando em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.
  • Como a lei atual prevê 8 anos de inelegibilidade, ele só poderia disputar eleições novamente em 2030.

O que muda se o projeto for aprovado?

  • Políticos que hoje estão inelegíveis poderiam voltar mais rápido às eleições.
  • Reduziria a punição para quem comete abusos eleitorais, permitindo que alguns políticos sequer fiquem fora de uma eleição.
  • No caso de Bolsonaro, ele poderia ser candidato já em 2026, caso a mudança tenha aplicação retroativa.

A proposta pode beneficiar apenas Bolsonaro?

  • Embora o projeto não cite Bolsonaro diretamente, ele é o principal beneficiado.
  • Outros políticos também podem ser favorecidos, caso tenham sido condenados com base na mesma legislação.
  • O debate no Congresso gira em torno de se essa mudança atende ao interesse público ou é um “casuísmo” para favorecer um político específico.

Oposição x Governo – Os argumentos dos dois lados

A proposta de reduzir a inelegibilidade de 8 para 2 anos gera controvérsia. Veja os principais argumentos:

A favor da mudança

  • 8 anos é excessivo e pode ser injusto.
  • Outras punições já existem, como processos judiciais.
  • Falta de critério uniforme, já que algumas penas são de 3 anos e outras de 8.

Contra a mudança

  • Afrouxa punições para políticos condenados.
  • Pode beneficiar Bolsonaro e aliados, permitindo que concorram antes de 2030.
  • Enfraquece a Lei da Ficha Limpa, que visa afastar corruptos do poder.

O projeto pode realmente fazer Bolsonaro voltar em 2026?

  • Ainda não há garantia disso. Mesmo se for aprovado, há dúvidas sobre se a lei pode ser aplicada retroativamente.
  • Em 2017, o STF decidiu que a Ficha Limpa poderia ser aplicada a casos anteriores. Se esse mesmo entendimento for seguido, Bolsonaro poderia sim ser beneficiado.
  • Se o projeto passar na Câmara e no Senado, o STF pode ser acionado para decidir se Bolsonaro pode disputar em 2026.

Qual a chance do projeto ser aprovado?

  • O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, aguardando análise.
  • O relator é o deputado Filipe Barros (PL-PR), aliado de Bolsonaro.
  • A votação deve ocorrer após o Carnaval, e a tendência é que haja forte debate entre os partidos.
  • O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já declarou ser a favor da redução do tempo de inelegibilidade, o que pode ajudar na aprovação.

Bolsonaro será candidato em 2026?

A resposta ainda é incerta, pois depende da aprovação do projeto e de possíveis disputas judiciais.

  • Se a lei for aprovada e aplicada retroativamente, Bolsonaro poderá ser candidato em 2026.
  • Caso contrário, ele só poderá concorrer novamente em 2030.
  • O debate ainda promete gerar polêmica e pode impactar as próximas eleições.

A questão agora é: o Congresso mudará a lei para facilitar o retorno de Bolsonaro ou manterá a inelegibilidade de 8 anos? Esse será um dos grandes temas políticos dos próximos meses.

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