GPT-5 da OpenAI: Revolução na IA ou exagero? Descubra o poder real do novo chatbot com nível de doutorado

A OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, anunciou oficialmente o GPT-5, descrito como um modelo de inteligência artificial (IA) com capacidades equivalentes a um especialista com doutorado. O lançamento, apresentado pelo CEO Sam Altman, promete revolucionar a interação entre humanos e máquinas, mas também levanta debates sobre ética, regulamentação e o verdadeiro impacto dessa tecnologia.
As promessas do GPT-5
A OpenAI afirma que o GPT-5 é "mais inteligente, mais rápido e mais útil" que seus antecessores.
Altman comparou a evolução dos modelos: O GPT-3 seria como conversar com um estudante do ensino médio, o GPT-4 com um universitário, e o GPT-5, finalmente, com um especialista em qualquer área.
Entre as melhorias destacadas estão:
1.
** Maior capacidade de raciocínio:** respostas mais lógicas e detalhadas, mostrando os passos para chegar a conclusões.
2.
Redução de alucinações: menos invenções de informações falsas, um problema comum em modelos anteriores.
3.
Aplicações práticas: desde programação avançada até redação complexa, o GPT-5 pode atuar como um assistente proficiente em diversas áreas.
A competição no mundo da IA
O lançamento do GPT-5 ocorre em um momento de intensa rivalidade entre gigantes da tecnologia. Elon Musk, por exemplo, afirmou que seu chatbot Grok, integrado ao X (antigo Twitter), supera "o nível de doutorado em tudo"
. Enquanto isso, empresas como a Anthropic também desenvolvem ferramentas especializadas, como o Claude Code, voltado para programadores.
Críticas e ceticismo
Nem todos estão convencidos pelas alegações da OpenAI. Carissa Véliz, professora do Instituto de Ética em IA da Universidade de Oxford, questiona se o GPT-5 é realmente tão revolucionário ou se trata principalmente de marketing. Ela destaca que:
- Falta de lucratividade: apesar do avanço tecnológico, muitos sistemas de IA ainda não são financeiramente sustentáveis.
- Imitação versus emulação: esses modelos imitam o raciocínio humano, mas não o replicam verdadeiramente.
Desafios éticos e regulatórios
Gaia Marcus, diretora do Ada Lovelace Institute, alerta que a velocidade do avanço da IA supera a capacidade de regulamentação. Preocupações incluem:
- Proteção de criadores: empresas como a Getty Images questionam como os modelos de IA são treinados e se os criadores originais são compensados.
- Autenticidade: com respostas cada vez mais convincentes, como distinguir entre conteúdo humano e gerado por IA?
Experiência prática e limitações
Marc Cieslak, correspondente de IA da BBC, testou o GPT-5 antes do lançamento e relatou que, apesar das melhorias, a experiência ainda parece uma evolução gradual, não uma revolução. O modelo agora "pensa mais" para resolver problemas, mas a interface permanece similar à versão anterior.
Mudanças no comportamento do ChatGPT
A OpenAI também anunciou ajustes para evitar dependência emocional dos usuários. O GPT-5 não dará respostas definitivas a perguntas pessoais (como "Devo terminar meu relacionamento?"), mas incentivará reflexões críticas. Essa mudança reflete preocupações com o impacto psicológico da IA.
Conflitos com outras empresas
A Anthropic, concorrente da OpenAI, cortou o acesso da empresa à sua API, acusando violação de termos. A OpenAI rebateu, afirmando que a prática de avaliar sistemas concorrentes é comum no setor.
O GPT-5 representa um salto significativo na evolução da IA, com capacidades impressionantes e aplicações promissoras. No entanto, seu lançamento também destaca desafios urgentes: regulamentação, ética e a necessidade de transparência no desenvolvimento dessas tecnologias. Enquanto Sam Altman celebra uma "nova era", especialistas pedem cautela para garantir que o avanço técnico não supere nossa capacidade de governá-lo responsavelmente. Nos próximos dias, os usuários terão a resposta final: o GPT-5 é realmente tão revolucionário quanto prometido?