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quarta-feira, 15 de maio de 2024 às 10:56 GMT+0

Castração química voluntária em reincidentes por crimes sexuais: Projeto de Lei em debate no Senado

Nesta quarta-feira, 15 de maio de 2024, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado analisará o Projeto de Lei 3.127/2019, que propõe a castração química voluntária para reincidentes condenados por crimes de estupro e violação sexual mediante fraude. A sessão está marcada para as 10h e, se aprovado, o projeto seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que nove ou mais senadores solicitem a análise pelo plenário do Senado.

Ponto de Vista do Relator

O parecer sobre o projeto é do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN). O senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do projeto, fez modificações importantes, retirando a possibilidade de castração física (intervenção cirúrgica permanente) e propondo um aumento de um ano nas penas mínimas para os crimes sexuais mencionados.

Justificativas para a Castração Química Voluntária

O relator argumenta que a reincidência em crimes sexuais como estupro e violação sexual mediante fraude indica uma predisposição natural, cultural ou psíquica do condenado para condutas sexuais violentas. A castração química, neste contexto, seria uma intervenção terapêutica voluntária, oferecendo uma alternativa para os condenados que desejam reconhecer e tratar sua condição, funcionando como uma condição para seu possível livramento.

Importância e Relevância do Projeto

  • Redução da Reincidência: A castração química voluntária pode reduzir a reincidência em crimes sexuais, proporcionando uma medida preventiva adicional.
  • Intervenção Terapêutica: Oferece uma alternativa terapêutica para condenados com predisposição a condutas sexuais violentas.
  • Aumento das Penas Mínimas: Propõe um aumento de um ano nas penas mínimas, reforçando a punição para crimes sexuais.
  • Alternativa à Castração Física: Elimina a opção de castração física, promovendo uma abordagem menos invasiva e mais ética.

O Projeto de Lei 3.127/2019 visa proporcionar uma nova abordagem para a punição e reabilitação de reincidentes em crimes sexuais. A castração química voluntária aparece como uma medida preventiva e terapêutica, destacando a importância de alternativas menos invasivas que possam contribuir para a redução da reincidência. A aprovação do projeto dependerá do debate na CCJ do Senado e do possível encaminhamento para a Câmara dos Deputados, representando um passo significativo na legislação sobre crimes sexuais no Brasil.

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